Virologista da USP defende uso da hidroxicloroquina
“É o remédio para vencer a epidemia”, disse Paolo Zanotto
Pleno.News - 05/04/2020 16h02 | atualizado em 08/09/2020 14h46

Em entrevista ao jornal Brasil Sem Medo, Paolo Zanotto, virologista da Universidade de São Paulo (USP), defendeu o uso da hidroxicloroquina em pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Para ele, esse é o meio mais eficaz de salvar vidas.
Zanotto criticou a estratégia do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, de fazer uso do remédio apenas em pacientes que se encontram na fase avançada da doença.
Para o virologista, a cloroquina não é o “remédio do Bolsonaro”, nem o “remédio de Trump”, mas sim o remédio da vida.
– A hidroxicloroquina ficou sendo o ‘remédio do Bolsonaro’ e o ‘remédio do Trump’. Agora, eles estão sob fogo cerrado, inclusive de dentro dos seus próprios governos. Tecnicamente, o remédio deveria ser dado entre o 2º e o 5º dia da doença; depois disso, a pessoa precisa ser internada porque vai precisar de apoio respiratório. É uma terapia curta, e os efeitos adversos não estão se manifestando – falou.
Ele afirmou ainda que existe muita ideologia envolvida na questão do tratamento contra o vírus.
– Se fosse a ‘droga do Doria’ ou a ‘droga do Lula’, eu garanto que seria um sucesso. Há muita ideologia envolvida no problema. Para alguns, se for necessária a morte de milhões para tirar o Trump e o Bolsonaro, que seja assim. O protocolo de uso da cloroquina na fase inicial da doença vem salvando vidas, mas está sendo desprezado e criticado pela imprensa, pelos governos e até por gente da área científica. A doutrina do “quanto pior, melhor” está no interesse de alguns grupos por aí. (…) Para alguns grupos, o importante é o poder – declarou.
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