Leia também:
X Bolsonaro reforça que vacina da Covid-19 não será obrigatória

Vermífugo pode reduzir carga viral na fase inicial, diz governo

Remédio é popularmente conhecido como Annita

Pleno.News - 19/10/2020 21h13 | atualizado em 19/10/2020 21h52

Nitazoxanida é popularmente conhecida como Annita Foto: Reprodução

O governo federal fez uma apresentação na noite desta segunda-feira (19) no Palácio do Planalto dizendo ter comprovação científica sobre o uso do medicamento nitazoxanida, conhecido popular como Annita, para reduzir a carga viral em pacientes na fase precoce da Covid-19. O estudo completo, no entanto, não foi apresentado e ainda não há qualquer publicação mais completa sobre a investigação.

O estudo foi liderado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

– Temos um medicamento que é, comprovado cientificamente, capaz de reduzir a carga viral – disse o ministro.

A coordenadora do estudo, Patrícia Rocco, professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse que o estudo ainda será publicado em uma revista científica.

– Infelizmente, nesse momento não poderei relatar mais detalhe sobre o estudo já que ele foi submetido à uma revista internacional e isso faria com que perdêssemos o ineditismo, limitando a publicação. Entretanto, no Brasil continuam morrendo em torno de 500 indivíduos por dia – disse.

Rocco afirmou que a pesquisa foi submetida à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e também aos conselhos de ética de cada unidade hospitalar onde o estudo foi feito.

Segundo Rocco, foram 1.575 voluntários. Foram admitidos os que tinham até três dias de sintomas da covid-19. Parte dos pacientes recebeu doses de 500 miligramas do medicamento, três vezes ao dia, por cinco dias. Outro grupo recebeu placebos – um “falso remédio” sem qualquer efeito.

Segundo o governo, o estudo foi conduzido em centros de saúde de sete cidades, São Caetano (SP), Barueri (SP), Sorocaba (SP), Bauru (SP), Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG).

O ministro disse que o medicamento não pode ser usado de forma profilática, ou seja, para prevenir a doença.

– Estamos anunciando algo que vai começar a mudar a história da pandemia – disse.

Pontes afirmou ainda que ele mesmo foi voluntário nos testes. O ministro divulgou ter contraído a Covid-19 no final de julho.

*Estadão

Leia também1 Bolsonaro reforça que vacina da Covid-19 não será obrigatória
2 Pesquisa encontra coronavírus no cérebro de pacientes
3 Brasil registra primeiro caso do novo coronavírus em animais
4 Brasil deve começar a produzir vacina russa em dezembro
5 Vacina do Butantã se mostrou segura, diz chefe do instituto

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.