Paulo Moura - 23/11/2020 07h32 | atualizado em 23/11/2020 07h39

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (23), a farmacêutica AstraZeneca afirmou que a vacina desenvolvida pela empresa em parceria com a Universidade de Oxford alcançou um pico de 90% de eficácia contra a Covid-19. Segundo o grupo britânico, a eficácia média ficou em torno de 70%, de acordo com os resultados preliminares dos estudos realizados.

Para ser 90% eficaz na prevenção da Covid-19, segundo a farmacêutica, a vacina deve ser administrada em meia dose seguida de uma dose completa, com intervalo de pelo menos um mês, de acordo com dados de ensaios em estágio final no Reino Unido e no Brasil.

Um outro regime de dosagem, que alcançou 62% de eficácia, seria alcançado quando o imunizante for administrado em duas doses completas com pelo menos um mês de intervalo. A análise combinada das duas formas de dosagem é que alcançou a eficácia média de 70%, segundo a AstraZeneca.

O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou em coletiva de imprensa que uma dose menor na primeira aplicação da vacina significa que mais pessoas podem ser vacinadas em um intervalo menor. A farmacêutica afirmou que terá 200 milhões de doses da vacina prontas até o fim do ano e 700 milhões de doses até o fim do primeiro trimestre de 2021 em todo o mundo.

– Poder vacinar mais pessoas mais rapidamente é realmente uma grande vantagem – disse Pascal.

Foram registrados 131 casos da doença entre os voluntários, mas não foi relatada nenhuma hospitalização nem casos graves da doença em participantes que receberam a vacina. A análise incluiu dados das fases 2 e 3 da pesquisa no Reino Unido e da fase 3 no Brasil.

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