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Senegal usa cloroquina desde 1° caso e tem apenas 5 mortes

País tem média de mortes por milhão 17 vezes menor que da Coreia do Sul

Pleno.News - 21/04/2020 11h00 | atualizado em 27/07/2020 17h10

Moussa Seydi, médico responsável pela linha de frente contra Covid-19 no Senegal Foto: Reprodução

Um dos países que mais tem intensificado o uso da hidroxicloroquina para tratar seus pacientes contra a Covid-19 é o Senegal. E o resultado da opção feita pela nação africana tem dado resultado na prática. Com cerca de 16 milhões de habitantes, o país teve somente cinco mortes registradas até esta terça-feira (21).

O número resulta em apenas 0,3 mortes por milhão de habitantes, um dos resultados mais baixos do mundo e ínfimo se comparado aos resultados da Noruega, com 34, e mesmo da Coreia do Sul, exemplo de eficiência no combate ao vírus, mas que tem 5 mortes por milhão, número 17 vezes maior que os africanos.

A justificativa para a eficácia no tratamento senegalês foi respondida pela doutor Moussa Seydi, responsável pela linha de frente do combate à doença no país, em entrevista à revista francesa Marianne.

Segundo Seydi, que é infectologista, a hidroxicloroquina, remédio defendido pelo presidente Jair Bolsonaro no Brasil, tem sido usada desde os primeiros casos no Senegal.

Implementamos um protocolo de tratamento para os pacientes menos graves com tratamento com hidroxicloroquina. Tratamento em que, no momento, observo bons resultados em relação à redução da carga viral – ressaltou.

O médico também afirmou que analisou bem os riscos e benefícios relacionados ao tratamento e concluiu que as vantagens de utilizar o fármaco favoreciam a escolha de utilizar a hidroxicloroquina desde o início dos cuidados com os pacientes.

– Como o Dr. Raoult [Didier Raoult, responsável pela pesquisa mais conhecida com a hidroxicloroquina], vimos uma queda na carga viral após uma semana. O que induz uma cura mais rápida. A relação risco/benefício favorece os benefícios. Considero que não perco nada trazendo esse tratamento para meus pacientes. Especialmente porque eu não notei nenhum efeito colateral – destacou.

Seydi também afirmou que a África tem a vantagem de conhecer a cloroquina por já ter contato frequente com pacientes infectados pela malária, que é endêmica no continente, em que o remédio é usado no tratamento.

– É uma molécula muito conhecida que tem sido usada no tratamento da malária. Na Europa, a malária não é um problema de saúde pública, portanto as pessoas sabem menos e fazem mais perguntas. Também é uma reação normal – completou.

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