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Pazuello fala em compra de 100 milhões de doses da CoronaVac

Ministro listou à imprensa as negociações feitas pelo governo por vacinas

Pleno.News - 07/01/2021 18h33 | atualizado em 08/01/2021 12h48

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello Foto: MS/Tony Winston

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (7) que está fechando contrato para compra de 100 milhões de doses da CoronaVac. A vacina foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e será distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan, órgão ligado ao governo de São Paulo.

O ministro voltou a afirmar que a vacinação no país começa no melhor cenário, em 20 de janeiro.

A compra da vacina CoronaVac é um assunto delicado junto ao governo federal. Por disputa política com o governador João Doria (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro fez Pazuello recuar de uma proposta de aquisição do imunizante em outubro.

– Estamos hoje, na sequência da aquisição de doses com [o] Butantan, fechando [um] contrato que vai a 100 milhões de doses, [o] máximo que ele (o instituto) consegue produzir. Já tínhamos um memorando assinado desde outubro, final de setembro, nos comprometendo com aquisição da totalidade produzida – disse Pazuello.

Sem detalhar dados, o governo paulista disse, nesta quinta-feira, que a CoronaVac tem 78% de eficácia para evitar casos leves, e 100%, para casos moderados e graves.

O ministro afirmou que só conseguiu avançar no contrato com o Butantan após a edição, na quarta-feira (6), de uma medida provisória (MP) que permite a compra de vacinas mesmo antes do registro ou aval para uso emergencial ser concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Disse que toda a produção do Butantan será incorporada ao plano nacional de imunização, coordenado pelo governo federal. Doria, porém, tem planos de começar a vacinação em São Paulo em 25 de janeiro. Segundo Pazuello, 46 milhões da CoronaVac serão distribuídas até abril, e mais 54 milhões, no resto do ano.

Ele também disse que há “incompreensão” sobre a gestão na Saúde. A fala ocorre no momento em que o governo é pressionado a antecipar o calendário de vacinação. Dentro do governo, há dúvidas sobre a permanência do ministro Pazuello na pasta nos próximos meses.

O ministro disse que há meses a Saúde já negocia a compra e a produção de vacinas. Ele listou à imprensa as negociações feitas pelo governo por vacinas.

A aposta do governo federal é a vacina da AstraZeneca/Oxford. A Fiocruz deve distribuir 210,4 milhões de doses a partir de fevereiro, e 2 milhões de unidades devem chegar neste mês, prontas, da índia.

Segundo o general, a fabricação de vacinas na Fiocruz e no Butantan servirá ao plano nacional de imunização, mas o excedente pode ir para a iniciativa privada e exportação.

OUTRAS VACINAS
Pazuello disse ainda que negocia a compra da vacina russa Sputnik V, que será fabricada pela farmacêutica brasileira União Química. Ele disse que a quantidade da compra está em discussão.

O ministro citou negociação com a Janssen, que, segundo ele, é o “melhor negócio” entre as vacinas. Isso porque o preço é baixo, e a imunização exige apenas uma dose, segundo ele. Mas a farmacêutica ofereceu somente 3 milhões de doses ao nosso país, com a primeira entrega no segundo trimestre do ano.

Pazuello declarou ainda que negocia a compra de 30 milhões de doses da vacina da Moderna, com entrega após outubro. Cada unidade custaria 37 dólares (R$ 200). O ministro voltou a criticar a proposta da Pfizer, que exige não responder pelos efeitos colaterais registrados no país. O ministro também reclamou da quantidade de doses ofertadas, que não seriam suficientes para o Rio de Janeiro.

– Não posso pegar 500 mil doses da Pfizer e soltar pelo Brasil em janeiro, para dizer que [já] começou a vacinação, como muitos acham que é [a] solução – disse Pazuello.

*Estadão

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