Camille Dornelles - 06/11/2020 12h48 | atualizado em 06/11/2020 15h03

Você já ouviu alguém falar que o vírus morre sob alta temperatura? E que o verão e os países topicais são piores para a disseminação do vírus? As afirmações, apesar de seguirem a lógica correta das doenças infectocontagiosas, que se proliferam mais no inverno, pode estar incompleta e acabar levado a uma falsa sensação de segurança.

Isso porque a relação entre coronavírus e altas temperaturas ainda está sendo desvendada pela ciência. Mas informações de um grupo norte-americano de cientistas pode ajudar a responder essa questão.

Em agosto, a revista científica Cartas de Física Aplicada publicou uma pesquisa extensa a respeito da relação temperatura e Covid-19. Pesquisadores do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Rice, nos Estados Unidos, desenvolveram um modelo de previsão unicamente sobre as reações do novo coronavírus a altas temperaturas.

Eles analisaram o comportamento do vírus entre 10°C e 70°C e afirmaram que ele sobrevive até 9,4 horas no ambiente com temperatura de 35°C. Já a 70°C ele perde sua estrutura em apenas dois minutos e trinta segundos. A “morte” de um vírus, segundo os infectologistas, refere-se à perda de sua estrutura fundamental.

Veja abaixo a tabela comparativa dos pesquisadores. A coluna da esquerda é referente ao novo coronavírus e a segunda ao vírus da SARS (Síndrome Respiratória Aguda).

Mesmo aos 30ºC, o vírus ainda resiste por quase um dia inteiro, podendo ser transmitido. Dessa forma, mesmo em dias muito quentes, as recomendações sanitárias do uso de máscara e higienização das mãos permanecem.

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