Paulo Moura - 25/05/2020 14h08 | atualizado em 25/05/2020 16h01

Apesar do novo protocolo do Ministério da Saúde determinar o uso da cloroquina e hidroxicloroquina até em pacientes com grau leve da Covid-19, muitas prefeituras pelo país parecem continuar irredutíveis a determinar o uso do medicamento como regra também em suas redes locais.

Um dos exemplos vem de Fortaleza, cujo prefeito é Roberto Cláudio, do PDT, mesmo partido do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes.

Segundo denúncia feita pela vereadora Priscila Costa (PSC), um requerimento foi enviado por ela há 45 dias para a administração municipal, cobrando a adoção do fármaco no protocolo da rede de saúde pública da cidade, mas até o momento nenhuma resposta foi dada.

– Já são 45 dias de omissão! Com o uso da hidroxicloroquina várias vidas poderiam estar sendo salvas, como está acontecendo em estados como Piauí e Paraíba. Aqui mesmo no Ceará, redes de saúde privadas já aderiram ao protocolo, mas nosso sistema público de saúde vai ficando para trás – afirma.

Como destacado pela parlamentar, a rede privada de saúde da cidade passou a fazer distribuição do medicamento com o objetivo de “tentar evitar o agravamento da doença”. Ao todo, a Unimed Fortaleza decidiu doar 30 mil kits contendo a cloroquina e o anti-helmíntico ivermectina.

Outro questionamento feito pela vereadora foi acerca das medidas de isolamento adotadas. Segundo ela, as diretrizes para determinar tais decisões não são claras e têm apenas assustado a população.

– Governador e prefeito têm ido a público com previsões de mortes que chegam a 70% de erro! Quero que apresentem o estudo científico que estão seguindo para decidir pela medida “lockdown” que não é nem mesmo recomendada pela OMS! Números são feitos para salvar vidas e não para assustar uma população – completou.

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