Pesquisadores de Campinas criam a espuma “anti-covid”
Produto promete não ressecar a pele e pode ser usado inclusive no rosto
Monique Mello - 25/02/2021 20h42 | atualizado em 26/02/2021 12h06
Especialista em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Lucas Portilho desenvolveu um produto que elimina 99,9% dos microrganismos da pele. Chamado Espuma Micelar Facial Anti-Covid, o produto comprovou em testes uma atividade asséptica comparável ao álcool em gel e igualmente eficaz para evitar a contaminação pelo novo Coronavírus.
– A vantagem em relação ao álcool em gel é que a espuma pode ser usada não apenas nas mãos, mas também no rosto e em outras partes do corpo, sem necessitar de enxágue – afirma Portilho ao Pleno.News.
Indicada para pessoas com doenças de pele ou sensíveis e intolerantes ao álcool, a espuma tem em sua composição um derivado da quinoa e proporciona hidratação nas áreas onde é aplicada.
Usado como medida profilática contra o novo Coronavírus, o consumo de álcool em gel aumentou em 67%, segundo levantamento realizado em 2020 pelo Instituto QualiBest. Embora tenha se tornado um aliado na prevenção da Covid-19, o produto tem como efeito colateral o ressecamento da pele.
– O álcool tem o poder de dissolver ceramidas, ácidos graxos e colesterol, que são as gorduras boas da pele, responsáveis pela formação da barreira cutânea. A carência dessas gorduras boas leva a pele a adoecer. Não raramente, aparecem a dermatite atópica e até mesmo a psoríase – destaca o especialista.
A Espuma Micelar Facial anti-covid desenvolvida por Portilho é um produto vegetal não inflamável que elimina 99,9% dos microrganismos da superfície da pele.
Quando aplicada nas mãos, no rosto ou em outras partes do corpo, a espuma cremosa não precisa ser enxaguada. Ao mesmo tempo, observa Portilho, o produto proporciona hidratação à pele.
Na composição da espuma micelar é utilizado um derivado da quinoa, semente com efeitos benéficos comprovados como alimento por conter proteínas, fibras, vitaminas, cálcio e antioxidantes.
– O composto que extraímos da quinoa é a saponina. Trata-se de um excelente agente de limpeza e antimicrobiano – diz Portilho.
O especialista garante que o produto não é testado em animais e que a sustentabilidade sempre foi um condicionante nas pesquisas de Lucas Portilho.
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