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Pesquisa: Placenta exerce efeito protetor contra Covid nos fetos

Estudo foi publicado na revista científica The Journal of Clinical Investigation

Pleno.News - 18/02/2021 15h42 | atualizado em 18/02/2021 18h33

Pesquisa indica que placenta exerce efeito protetor contra Covid nos fetos Foto: Pixabay

Pesquisadores do Hospital Universitário Vall d’Hebron, em Barcelona, na Espanha, do Hospital Policlínico de Milão, na Itália, e da Universidade da Basiléia, na Suíça, identificaram que, durante a gravidez, a placenta exerce um efeito protetor contra a Covid-19.

O estudo, publicado na revista científica The Journal of Clinical Investigation, busca analisar o impacto do novo coronavírus sobre a fisiopatologia da placenta e suas consequências sobre o recém-nascido.

Mediante uma análise clínica, morfológica e molecular de um grupo de 37 mulheres grávidas que deram à luz um filho na primeira onda da pandemia da Covid-19 na Itália, no ano passado, 21 das quais estando infectadas pelo patógeno, embora não tenha havido contaminação da placenta, não foi encontrada evidência de transmissão para o bebê.

– Constatamos que, ainda que o vírus possa infectar a placenta, em nenhum caso foi produzida uma transmissão vertical da mãe para o recém-nascido, o que indica que a placenta pode ser uma barreira materno-neonatal eficaz contra o vírus – destacou Paolo Nuciforo, chefe do grupo de Oncologia Molecular do Hospital Universitário Vall d’Hebron.

Os pesquisadores também destacam no texto do estudo que, quando a carga viral da placenta é muito elevada, ainda que siga atuando como uma barreira, pode ficar severamente afetada e causar consequências no desenvolvimento do embrião.

– Ocasionalmente, a Covid-19 pode infectar massivamente as células da placenta e determinar sua morte – disse Joan Seoane, diretor do Programa de Pesquisa Pré-Clínica e Translacional do Hospital Universitário Vall d’Hebron.

Os resultados da pesquisa ainda permitiram observar que a resposta inflamatória é similar a que é observada em alguns tumores.

– Se entendermos esse sistema inflamatório, seremos capazes de desenvolver novos tratamentos – concluiu Seoane.

*Com informações da Agência EFE

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