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Pesquisa encontra coronavírus no cérebro de pacientes

Estudo da Unicamp também localizou alterações morfológicas em cérebros

Pleno.News - 19/10/2020 16h53

Pesquisa mostra presença de coronavírus no cérebro de pacientes Foto: Reprodução

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) localizou o novo coronavírus em cérebros de pacientes que morreram pela doença. Os pesquisadores também detectaram alterações no cérebro de pessoas que apresentaram quadros moderados da Covid-19. A informação foi dada pela Agência Brasil.

Os resultados da pesquisa foram divulgados nesta semana em uma plataforma, mas ainda não foram revisados. Ao veículo, Daniel Martins-de-Souza, coordenador do estudo, falou sobre os resultados.

– O que identificamos agora é que o vírus é sim capaz de chegar no sistema nervoso central, no cérebro. Não só detectamos o vírus no cérebro de pessoas que morreram com a Covid-19 – coletamos os cérebros delas post mortem -, mas nós fizemos também análises de imagem, escaneamos os cérebros de pacientes com covid-19 moderada e alterações significativas foram observadas – apontou.

O estudo pode ajudar na elaboração de tratamentos mais efeitos para pacientes que apresentarem sintomas neurológicos. De acordo com o pesquisador, as consequências da Covid-19 nos pacientes ainda estão sendo observadas.

– Esse é um estudo feito com centenas de pacientes moderados, não são nem pacientes graves, e que demonstra que as alterações morfológicas estão correlacionadas com a Covid-19 (…) Não deu tempo de vermos o que vai acontecer no longo prazo, mas fato é que pessoas já curadas ainda tem queixas de sintomas neurológicos mesmo depois de o vírus já ter saído do corpo – ressaltou.

Daniel Martins-de-Souza também falou sobre o estudo.

– Vimos que o vírus está no cérebro de algumas das pessoas que morreram de Covid-19, não tanto nos neurônios, mas em uma outra célula que chama astrócito. Esta é uma célula que auxilia os neurônios a se comunicarem. No laboratório, fizemos um experimento mostrando que os astrócitos infectados podem produzir substâncias que matam neurônios e essa pode ser a causa de a gente ver aquelas alterações nas imagens do cérebro [de pessoas vivas infectadas] – destacou.

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