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Perda de olfato após a Covid se deve a inflamação, diz estudo

Pesquisa também alerta que "a infecção dos neurônios olfatórios pode constituir uma porta de entrada ao cérebro"

Pleno.News - 05/05/2021 12h45 | atualizado em 05/05/2021 13h02

homem cheira copo de café
Covid-19 pode afetar os neurônios sensoriais Foto: Battlecreek Coffee Roasters | Unsplash

A perda do olfato, em casos de pacientes com Covid-19, não se deve “a um edema na fenda olfatória”, como se acreditava até agora, mas a uma infecção dos neurônios sensoriais que “provocam uma inflamação persistente” do sistema nervoso olfatório, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Pasteur, da França.

O estudo, no qual também colaboram os centros franceses CNRS, Inserm e a Universidade de Paris, refuta assim uma das hipóteses até agora aceitas sobre a perda do olfato em pacientes com Covid-19, baseada em um “edema transitório no nível da fenda olfatória que impede a passagem de moléculas de odor para as células nervosas olfatórias”, causando a congestão nasal.

Contudo, o estudo encontrou “uma infecção de neurônios sensoriais” entre os doentes e um aumento das células imunitárias no órgão sensorial.

Tudo isto pode constituir “uma inflamação persistente do epitélio olfatório e do sistema nervoso olfatório”, levando a uma perda temporária do olfato.

– Descobrimos que os neurônios sensoriais são infectados pelo (vírus) Sars-CoV-2, assim como o nervo olfatório e os centros nervosos olfatórios no cérebro – explica o pesquisador Pierre-Marie Lledo, coautor do estudo publicado na revista Science Translational Medicine.

O mesmo estudo também descobriu “inesperadamente” que os testes de PCR clássicos de nasofaringe entre doentes sem olfato podem não detectar o vírus porque o patógeno pode “persistir no fundo das cavidades nasais”.

Por último, a pesquisa alerta que “a infecção dos neurônios olfatórios pode constituir uma porta de entrada ao cérebro”, motivo pelo qual sugere novas pesquisas para saber “por que certos pacientes [com Covid-19] desenvolvem manifestações clínicas de ordem psicológica, como ansiedade ou depressão, ou neurológicas, como suscetibilidade de desenvolver uma doença neurodegenerativa”.

*EFE

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