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Médica do Hospital Albert Einstein esclarece dúvidas sobre a doença

Rafael Ramos - 17/03/2020 12h26 | atualizado em 17/03/2020 12h32

Hospitais só irão priorizar casos suspeitos do coronavírus Foto: Reprodução

Com uma morte já registrada no Brasil por causa do coronavírus, o medo e a dúvida acabam tomando conta da população. Até o momento, o país já registra 234 casos confirmados e outras 1.624 suspeitas.

Em entrevista ao Pleno.News, a cardiologista Nicolle Queiroz, que é membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein e do Hospital São Luiz, explica que 90% dos casos aparentam um leve resfriado, o que muitas vezes dificulta diferenciar um sintoma de outro. Mas é importante estar atento a outros indícios como falta de ar e febre superior a 37º C.

– Neste primeiro momento, a gente orienta a procurar um primeiro-socorro quando a falta de ar estiver progredindo e não melhorar com os remédios gripais normais. Então, se eu estou com um quadro de febre que não melhora, falta de ar que está em curso de piora e não me sinto bem, eu devo procurar um pronto-socorro, não importa se é rede pública ou privada, se você tem convênio, vá ao hospital credenciado. Se não tem, vá ao SUS. Ambos hospitais estão prontamente treinados para receber tanto os casos de suspeita quanto os confirmados de coronavírus – disse.

Dra. Nicolle Queiroz esclarece dúvidas sobre a doença

Nicole ressalta que, no Albert Einstein, só estão coletando casos suspeitos que apresentem os sintomas que evidenciem a Covid-19 ou de pessoas que tiveram contato com pessoas contaminadas ou que estiveram em locais de foco da doença. A médica reforça que os hospitais não vão esgotar os testes à toa.

– Os exames podem ser feitos em coleta domiciliar ou em hospital, mas o ideal é que a gente seja racional porque todo kit uma hora tem fim e nós temos um número de pessoas nesse país muito grande. O ideal é priorizar quem de fato é caso suspeito onde o médico vai julgar se é necessária ou não a coleta. Vale lembrar que ainda não tem tratamento contra o coronavírus nem para prevenir, na forma de vacina, nem uma medicação.

De acordo com a cardiologista, a pessoa que tiver resultado positivo deve permanecer isolada por 14 dias que é o período de incubação da doença. Mesmo que ela seja liberada para ficar em casa, o médico sempre ficará de apoio para casos de piora. Nicole Queiroz diz que as empresas são obrigadas a aceitar o atestado médico e abonar as faltas do funcionário.

– A empresa tem que aceitar porque é orientação do governo do Estado em que pessoas que estejam contaminadas permaneçam em seu domicílio mesmo que não apresentem mais sintomas porque a população mais idosa é muito mais suscetível a um desfecho grave e até ao óbito – alerta.

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