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MPF abre investigação sobre ensaio com a proxalutamida

Medicamento já foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como uma possível solução contra a Covid-19

Paulo Moura - 25/08/2021 11h51 | atualizado em 25/08/2021 12h07

Ensaios com a proxalutamida foram feitos no Rio Grande do Sul (imagem ilustrativa) Foto: Pixabay

O Ministério Público Federal (MPF) do Rio Grande do Sul decidiu abrir um inquérito civil público para apurar a realização de um ensaio clínico sobre a utilização da proxalutamida no tratamento da Covid-19, feito no Hospital da Brigada Militar do RS, em Porto Alegre. O medicamento já foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como uma possível solução no combate à doença.

O grupo que realizou o estudo no Sul é o mesmo que conduziu um ensaio com a proxalutamida em fevereiro no Amazonas, e que também é investigado pelo Ministério Público Federal no estado da Região Norte. A investigação no Sul foi aberta no último dia 13, com base em uma representação sigilosa.

A acusação alega que os testes teriam sido conduzidos sem autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao jornal O Globo, a agência reguladora afirmou não houve autorização para importação da droga.

A Conep e a Anvisa têm até o dia 28 para responder questionamentos sobre o ocorrido em Porto Alegre. Cerca de 50 pacientes de Covid internados no hospital da Brigada Militar alegam que receberam comprimidos de proxalutamida durante o tratamento da Covid-19.

Procurado, o diretor de Saúde da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, coronel médico Igor Wolwacz Júnior, afirmou que a administração da proxalutamida em pacientes da Covid-19 realmente ocorreu, mas disse que os ensaios tiveram, sim, autorização da Conep. O diretor disse que os medicamentos foram fornecidos “de forma direta pelo grupo de pesquisa”.

Wolwacz Júnior disse também que os testes partiram de uma cooperação técnico-científica entre o Departamento de Saúde da brigada e o grupo liderado pelo endocrinologista Flávio Cadegiani e pelo infectologista Ricardo Zimerman, dupla que lidera a pesquisa.

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