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Chefe do Ministério da Saúde do Reino Unido teme variante sul-africana

Thamirys Andrade - 04/01/2021 18h13 | atualizado em 04/01/2021 18h34

matt hancock ministro da saúde do reino unido
Ministro da Saúde britânico, Matt Hancock Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (4), o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, revelou estar “incrivelmente preocupado” com a nova cepa da Covid encontrada na África do Sul. Segundo ele, a mutação é ainda mais perigosa que a B.1.1.7, variação detectada no país britânico e que já se espalhou para diversas nações, incluindo o Brasil.

– Eu estou incrivelmente preocupado com a variante [do coronavírus] da África do Sul. Essa é a razão pela qual agimos e restringimos todos voos com origem no país. Esse é um problema muito, muito significativo, e é mais preocupante do que a nova variante do Reino Unido – disse em entrevista à Rádio BBC.

Para o editor de política da emissora britânica ITV, a preocupação do ministro se deve à possibilidade de que as vacinas desenvolvidas até o momento não sejam eficazes contra à variante sul-africana. De acordo com o que revelou Robert Peston, um cientista não identificado que assessora o governo, eles não estão confiantes sobre a eficácia dos imunizantes contra à cepa.

– Segundo um dos assessores científicos do governo, o motivo pelo qual Matt Hancock está “incrivelmente preocupado” com a variante do coronavírus encontrada na África do Sul é que eles (cientistas que assessoram o Ministério da Saúde) não estão tão confiantes de que as vacinas serão efetivas contra essa linhagem [do vírus] [tanto] quanto contra a versão britânica — disse Peston.

MUTAÇÃO SUL-AFRICANA
Cientistas apontam que a nova linhagem do coranavírus encontrada no sul da África apresenta múltiplas alterações na proteína “spike”, ou proteína S, usada pelo vírus para infectar células humanas. Uma maior carga viral também foi apontada por pesquisadores, o que implica transmissões ainda mais contagiosas da doença.

O assessor da força-tarefa de vacinação no Reino Unido, John Bell, afirmou no último domingo (4) que acredita que as vacinas serão capazes de combater a mutação britânica do vírus, mas disse que há “um grande ponto de interrogação” acerca da eficácia contra a cepa sul-africana.

Atualmente, cientistas da BioNTech e da Universidade de Oxford estão testando seus imunizantes contra as novas variantes do coronavírus, a fim de produzir uma adaptação eficaz das vacinas em até seis semanas.

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