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Laboratório indiano faz acordo de venda da Covaxin ao Brasil

Fornecimento priorizará o SUS, mas também vai incluir o setor privado

Pleno.News - 12/01/2021 13h44 | atualizado em 12/01/2021 14h37

Covaxin, da farmacêutica Bharat Biotech
Covaxin, da farmacêutica Bharat Biotech Foto:Divulgação/Bharat Biotech

O laboratório indiano Bharat Biotech informou nesta terça-feira (12) que assinou acordo com a distribuidora brasileira Precisa Medicamentos para trazer ao Brasil a Covaxin. O imunizante contra a Covid-19 está em fase 3 de estudos na Índia, última etapa antes de poder ser registrado por agências reguladoras.

Segundo nota do laboratório, a prioridade será o fornecimento ao setor público no Brasil. A estimativa de quantas doses podem ser entregues ao país e em qual prazo depende de contratos e da aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), diz a Bharat Biotech.

O Ministério da Saúde aponta a Covaxin na lista de imunizantes que podem ser comprados para o Sistema Único de Saúde (SUS), para a campanha contra a Covid-19.

– Em princípio, foi estabelecido entre ambas as partes que o fornecimento da Covaxin deve ser priorizado para o setor público de saúde brasileiro, por meio de uma contratação direta pelo Governo Federal. As vacinas para o mercado privado chegariam após a autorização da Anvisa para a venda do imunizante no país – afirma nota da empresa indiana.

Ainda não há pedido de registro nem uso emergencial da Covaxin feito à Anvisa. A Bharat Biotech também discute realizar estudos de fase 3 no Brasil. A Anvisa só aceita pedidos de uso emergencial de vacinas que têm estes ensaios em andamento no país.

MERCADO PRIVADO
No começo de janeiro, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informou que o setor negocia a compra de cinco milhões de doses desta vacina. O produto obteve no último dia 2 recomendação de uso emergencial na Índia, mas os dados sobre a sua eficácia ainda são desconhecidos.

O laboratório indiano afirma que se comprometeu a vender ao governo federal parte da sua produção, caso haja um contrato e aprovação pela Anvisa.

– Também existe a intenção de fornecer a vacina ao mercado privado, para atender principalmente empresas que necessitem imunizar seus colaboradores para, com isso, garantir o acesso a um número maior de brasileiros e permitir retomada mais rápida e segura da plena atividade econômica – afirma a empresa.

A Covaxin é aplicada em duas doses. O laboratório indiano afirma ter capacidade de produzir 300 milhões de doses anuais. O Ministério da Saúde afirma que a rede privada também terá de seguir a ordem de prioridade para vacinação estabelecida pelo plano nacional de imunização contra a Covid-19.

– Os grupos prioritários, propostos pelo Ministério da Saúde em parceria com Conass e Conasems, devem, a princípio, ser obedecidos mesmo que haja integração de clínicas particulares de vacinação ao processo de imunização”, disse o ministério em nota no último dia 4 de janeiro. *Estadão

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