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Governo do Ceará desmonta hospital provisório sem usar

Local instalado para atender crianças com Covid-19 foi retirado sob a justificativa de que não era mais necessário

Paulo Moura - 18/05/2020 14h54

Hospital de campanha foi alvo de denúncia no Ceará Foto: Divulgação

As histórias curiosas vindas das administrações estaduais e municipais relacionadas aos gastos com o combate ao coronavírus não param, e o Ceará surge como um frequente personagem nelas. Dessa vez, o caso é relacionado a um hospital de campanha que foi montado e desmontado sem sequer ser utilizado.

O governo, administrado pelo petista Camilo Santana, fez a instalação de um dos hospitais provisórios da cidade em uma área anexa ao Hospital Infantil Albert Sabin, que fica no bairro de Vila União, em Fortaleza. Porém, depois que a estrutura já estava montada, o governo decidiu retirá-la do local onde estava, sem qualquer uso da construção.

A justificativa, segundo o governo, é de que o hospital infantil que existe no local já atenderia a demanda de forma suficiente, sem a necessidade da nova construção.

– O Hospital Infantil Albert Sabin elaborou um plano de contingência que contempla a reserva de 42 leitos de enfermaria e 8 de UTI, na própria unidade, para casos de Covid-19 em crianças. Esta quantidade já se revelou suficiente para o atendimento da demanda pediátrica – diz uma nota divulgada pela Secretaria de Saúde.

A resposta, é claro, foi questionada por políticos cearenses. A vereadora Priscila Costa (PSC-CE) apontou que a justificativa indica a falta de planejamento do governo ao instalar as tendas necessárias para o funcionamento do hospital e depois verificar que elas não eram necessárias naquele local.

– O governo do Ceará construiu hospital de campanha e, antes de funcionar, desmontou. Após denúncia, justificou-se que o hospital agora iria para local não divulgado. Se for verdade,estão assumindo que não há estudo prévio para escolher local e gastar milhões. Nossos hospitais serão itinerantes? – questionou.

O que resta agora são os questionamentos sobre quantos outros produtos e serviços serão obtidos e depois virarão alvo de “arrependimento” das administrações públicas.

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