Estudo: Moderna e Pfizer têm menos eficácia contra variantes
Pesquisa foi publicada na revista Nature
Pleno.News - 10/02/2021 17h04 | atualizado em 10/02/2021 17h45
As vacinas desenvolvidas pela Moderna e Pfizer/BioNTech são “levemente menos eficazes” contra algumas das variantes do coronavírus Sars-CoV-2, de modo mais específico as variantes inicialmente identificadas em Reino Unido e na África do Sul, motivo pelo qual pode ser necessário atualizá-las periodicamente para evitar uma possível perda de eficácia.
Essa é uma das principais conclusões de um estudo divulgado na revista Nature e liderado por pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova York, nos Estados Unidos.
Segundo os experimentos realizados a partir de amostras de 20 indivíduos, a atividade neutralizadora dessas vacinas de RNA mensageiro é reduzida numa pequena margem contra as variantes do coronavírus que compartilham a mutação N501Y (prevalente no Reino Unido e na África do Sul) e a que tem a E484K (mutação presente na variante sul-africana, entre outras).
Para chegar a essas conclusões, Michel Nussenzweig e os companheiros de estudo coletaram amostras de sangue de 20 indivíduos que tinham recebido as duas doses da vacina da Moderna ou do imunizante de Pfizer e BioNTech.
Os autores constataram primeiro que ambas levavam à produção de anticorpos neutralizantes e observaram que os indivíduos imunizados com qualquer uma das duas vacinas produziam anticorpos estreitamente relacionados e quase idênticos.
Depois, para determinar se o medicamento funcionava contra as variantes, os pesquisadores testaram as amostras dos 20 indivíduos contra os vírus que tinham sido modificados para expressar uma das dez mutações da proteína S do Sars-CoV-2, a proteína que o vírus usa para entrar na célula.
Estas incluíam as mutações N501Y, E484K e K417N, uma combinação das três. A equipe constatou que a atividade neutralizadora contra essas variantes se reduzia entre uma e três vezes.
“A atividade contra essas variantes caiu em uma pequena margem, mas significativa”, então pode ser necessário atualizar as vacinas e monitorar a imunidade para compensar a evolução do vírus, concluem os autores.
*EFE
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