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Estudo aponta que vermífugo Annita reduz 55% da carga viral

Artigo foi publicado pela revista científica European Respiratory Journal e financiado pelo governo brasileiro

Thamirys Andrade - 28/12/2020 16h52 | atualizado em 28/12/2020 17h33

Pesquisa comprova a diminuição da carga viral, mas não a redução de sintomas Foto: Reprodução

Um estudo publicado pela revista científica European Respiratory Journal afirma que o vermífugo nitazoxanida, conhecido como Annita, pode reduzir 55% da carga viral da Covid-19. A eficácia na redução de sintomas, entretanto, não foi comprovada. O artigo foi financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia brasileiro e assinado por 29 pesquisadores, coordenados pela professora Patrícia Rocco, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A pesquisa teve início com 1.575 voluntários de sete diferentes cidades do Brasil, mas apenas 392 contraíram o vírus e, por isso, somente esses foram considerados ao fim do estudo. Os resultados apontam que o remédio pode reduzir a carga viral em pacientes com até 3 dias de infecção pela doença. A dosagem deve ser de 500 mg, de 8 em 8 horas ao longo de cinco dias.

Os 194 voluntários que tomaram o vermífugo tiveram a carga viral reduzida em 55% após cinco dias. Já os 198 que receberam o placebo tiveram redução de 45% durante o mesmo período.

– A publicação do estudo clínico é um presente de Natal da ciência brasileira para o mundo. É uma excelente notícia de fim de ano para começarmos 2021 com ainda mais determinação para enfrentar essa pandemia, utilizando a única arma possível de derrotá-la: a ciência – afirmou o ministro Marcos Pontes, ao site oficial da pasta da Ciência, Tecnologia e Inovações.

O estudo foi publicado pela European Respiratory Journal no dia 24 de dezembro. Ele está disponível na íntegra em inglês.

EVENTO DE DIVULGAÇÃO
Em outubro, o governo organizou um evento para o anúncio dos resultados do estudo. Segundo a cientista Patricia Rocco, médica, pesquisadora e membro da Academia Nacional de Medicina e Academia Brasileira de Ciências, o evento foi realizado antes da publicação oficial pela urgência do assunto, já que outras opções de tratamento costumam ser mais caras, arriscadas ou pouco eficazes. A solenidade ocorreu na terça-feira (19) e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

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