Especialista: Variante Beta pode “fugir” de vacinas como AstraZeneca
Diretor do Grupo de Vacinas de Oxford, Andrew Pollard, deu declarações nesta segunda-feira
Pleno.News - 19/07/2021 17h15 | atualizado em 19/07/2021 19h01

O diretor do Grupo de Vacinas de Oxford, Andrew Pollard, afirmou que a variante Beta, identificada primeiro na África do Sul, pode escapar da imunidade oferecida pela vacina, embora espere que a AstraZeneca garanta “proteção muito alta contra hospitalizações e mortes”.
As declarações foram dadas por ele nesta segunda-feira (19), dia que marca o fim das últimas restrições impostas pelas autoridades britânicas.
– A variante Beta também é encontrada no Reino Unido e, assim como a variante Delta, é capaz de fugir da imunidade da vacina até certo ponto – garantiu o especialista.
Ele falou sobre o assunto durante uma entrevista à emissora britânica BBC Radio 4.
Segundo Pollard, justamente por causa dessa variante “é realmente bastante propícia a hora de tirar as dúvidas sobre a imunidade das vacinas”. O chefe do grupo de Oxford disse que a comunidade científica admite que a mutação pode se propagar em populações vacinadas.
– Sabemos que pessoas que foram imunizadas com vacinas de RNA mensageiro, como a da Pfizer, assim como a de Oxford/AstraZeneca (que utiliza adenovírus), podem se infectar com a variante Beta – indicou o especialista britânico.
Sobre a efetividade pelo imunizante produzido pela universidade, Pollard explicou que um estudo realizado na África do Sul pela farmacêutica Johnson & Johnson, que produz a Janssen, mostrou que apenas uma dose da AstraZeneca garante 100% de proteção contra internações e mortes.
– Esperamos que, do ponto de vista da biologia, obtenham proteção muito alta contra as hospitalizações e as mortes. Estou absolutamente confiante [de] que acontecerá dessa forma, já que é assim que funcionam as vacinas – disse.
Para o diretor do grupo, haverá em breve um aumento nos contágios, mas isso não resultará em aumento na quantidade de internações e de mortes, embora a alta no número de casos “será muito menor do que em outras ondas” da pandemia.
*EFE
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