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Entre cepas e variantes, entenda os termos usados na pandemia

Saiba o significado dos temos usados para se referir ao coronavírus

Pierre Borges - 02/03/2021 16h51

Atualmente temos registro de três principais variantes Foto: Pixabay

Após o advento da pandemia, uma série de palavras novas passaram a integrar o nosso vocabulário. Termos pouco utilizados como lockdown, distanciamento social e aglomeração foram, pouco a pouco, sendo inseridos ao nosso cotidiano. Entretanto, ainda há termos técnicos de difícil compreensão para pessoas que não trabalham na área da Biologia ou da Medicina.

Por isso, o Pleno.News explica o que é e quais as diferenças entre os termos mutação, variante e cepa de vírus.

MUTAÇÃO
Quando um vírus entra no organismo de uma pessoa, para conseguir realizar uma infecção, ele precisa se estabelecer nas células do organismo hospedeiro. Feito isso, o vírus, então, utiliza os recursos da célula para se duplicar e faz isso repetidas vezes até conseguir se espalhar por todo o organismo.

Ao tentar duplicar seu RNA, há uma possibilidade de que o vírus cometa erros no processo, fazendo com que ele e sua duplicata não sejam vírus perfeitamente semelhantes. A imperfeição na cópia do RNA viral é chamada de mutação.

VARIANTE
Resumidamente: Variantes são as duplicatas do vírus que sofreram mutação. No caso do coronavírus, por exemplo, se o vírus entra no organismo de uma pessoa e comete um erro ao tentar se duplicar, ele dará origem à uma nova variante do coronavírus, pois o código genético (RNA) de um, será diferente do código genético do outro.

Entretanto, isso não significa, necessariamente, que as duas versões irão se comportar de formas diferentes, ou que terão índices maiores ou menores de contágio, mortalidade etc…

CEPA
Uma cepa, nada mais é do que uma variante ou um grupo de variantes específicas que se comportam de modo parecido entre si. Ou seja, quando uma mutação gera uma variante com comportamento diferente do vírus original, surge uma cepa.

Lembre-se de que toda cepa é uma variante, mas nem toda variante é uma cepa, pois é necessário apresentar mudanças significativas no comportamento viral. No caso do Coronavírus, atualmente temos o registro de três principais variantes: B.1.1.7, que surgiu no Reino Unido; B.1.351 encontrada na África do Sul; e a variante P.1, que surgiu em Manaus. As três são classificadas como cepas.

A variante do Reino Unido possui várias mutações na proteína spike, que permitem que ela se ligue mais facilmente nas células humanas, aumentando a taxa de transmissão do vírus. A mudança na capacidade de transmissão do vírus também foi encontrada nas outras duas cepas citadas anteriormente.

Entretanto, estudos indicam que as cepas da África do Sul e do Brasil podem ser capazes, ainda, de enfraquecer os anticorpos humanos. São necessários, porém, mais estudos para confirmar a informação.

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