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Entidades criticam associação de médicos sobre banir Kit-Covid

Associações afirmaram que não foram avisadas de que seus nomes constariam em boletim emitido pela entidade

Paulo Moura - 25/03/2021 13h26 | atualizado em 25/03/2021 14h04

Entidades se manifestaram contra pedido para banir o chamado Kit-Covid Foto: Reprodução

Diversas entidades médicas do Brasil se manifestaram contrárias ao posicionamento da Associação Médica Brasileira (AMB), emitido na terça-feira (23), que condenou a prescrição de corticoides e anticoagulantes em casos leves da doença e pediu o banimento de medicamentos que tem sido usados contra a Covid-19, o chamado Kit-Covid, como a cloroquina, ivermectina e azitromicina.

A razão para as críticas foi o fato de que a AMB, formada por 27 associações federadas e 55 sociedades de especialidades, assinou o boletim divulgado na última terça com o nome de todas as entidades vinculadas à associação, apesar de algumas instituições não terem dado anuência ao posicionamento emitido.

As entidades então passaram a questionar a AMB não apenas por terem seus nomes vinculados a um posicionamento sobre o qual não foram consultadas, mas também por considerarem que a nota afrontava a autonomia dos médicos, garantida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Com os protestos, a AMB editou a nota com a assinatura de apenas 16 entidades.

Uma das associações que se manifestou contra o posicionamento foi a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Em nota, a entidade se disse surpreendida pela divulgação e destacou que não assinava o manifesto, uma vez que não participou da discussão para sua elaboração.

– Em campanhas anteriores, a Associação Médica Brasileira (AMB) sempre planejou as ações consultando previamente as federadas e sociedades de especialidades. Acreditamos que esse modo de agir, além de ser democrático, enriquece e aperfeiçoa as medidas tomadas – declarou a ABP.

Já a Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN) publicou nota questionando de forma mais firme os itens que condenavam o uso de medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina, bem como a prescrição de corticoides e anticoagulantes em casos leves da Covid-19.

– [A AMRN] não concorda com os itens 7 e 8 do Boletim 02/2021, emitido pelo Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira, razão pela qual solicita sua exclusão como signatária do referido documento – pediu a direção da associação potiguar.

As associações Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE) e Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) afirmaram que foram comunicadas com pouco tempo hábil para analisar o conteúdo do boletim e que, por isso, não concordavam com a atitude da AMB. A Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), por sua vez, disse que sequer foi avisada.

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