Camille Dornelles - 30/06/2020 12h06 | atualizado em 14/07/2020 14h18

O servidor público Luiz Cardoso, de Ananindeua, no Pará, entrou para a multidão de mais de 730 mil brasileiros que se recuperaram da Covid-19. Mas ele sentiu o desconforto retornar após um mês do fim dos sintomas.

Cardoso relatou ao Pleno.News que sofreu dez dias seguidos com os sintomas da doença e depois sentiu dores no corpo retornarem após 35 dias. Por não ter tido os sinais característicos da doença, mas ter sido diagnosticado com o novo coronavírus, decidiu dividir sua experiência com outras pessoas. Ele entrou em um grupo do Facebook no qual as pessoas dividem suas experiências.

Lá, viu outros brasileiros com histórias parecidas com a sua e o relato de outros curados.

– Meus primeiros sintomas foram no dia 17 de abril. Senti meu corpo já um pouco estranho com uma leve sensibilidade nas costas e também me deu febre a noite. Até então nem passava na minha cabeça ser Covid – contou.

No dia seguinte ele se sentiu indisposto e começou a piorar durante a noite. Uma semana depois, Cardoso fez um teste e constatou que havia sido infectado com o novo coronavírus.

– No dia seguinte durante o dia me senti com a mesma indisposição e a noite ao dormir começou a piorar. Apareceu umas dores fortes nas costas aí fiquei mais preocupado e já percebi que não era algo normal (nunca tinha sentido dores nas costas, em nenhum tipo de gripe). Essas dores não me deixaram dormir boa parte da noite. No dia seguinte liguei a uma amiga que trabalha em um pronto socorro e relatei meus sintomas. Ela não teve dúvidas de que era Covid por ver casos semelhantes no ambiente de trabalho. No mesmo dia comecei a tomar azitromicina e ivermectina.
Já no quarto dia apresentei melhoras a febre passou, as dores nas costas amenizaram – explicou.

O sintoma já foi associado à Covid-19 por alguns pacientes, como uma sequela das lesões provocadas no pulmão, mas Cardoso afirmou que no caso dele foi muscular. Ao portal, ele agradeceu a Deus pela sua recuperação e lembrou como foi difícil o momento vivido.

– Deus me livrou da morte. Foi difícil você estar lutando contra a doença e ver ao mesmo tempo o carro da remoção de corpos passar na frente do condomínio para buscar vítimas do Covid (um casal de idosos faleceu perto). Aí você abre o WhatsApp e vê nos grupos postagens informando sobre a morte de outras pessoas do bairro. Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. Só Deus mesmo para guardar meu psicológico – explicou.

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