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Diretor-geral da OMS já foi acusado de ocultar epidemias

Tedros Adhanom recebeu fortes críticas na Etiópia quando se candidatou para gestão da agência

Paulo Moura - 26/03/2020 10h42 | atualizado em 26/08/2020 12h41

Tedros Adhanom Ghebreyesus Foto: Agência Brasil/José Cruz

No cargo de diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2017, Tedros Adhanom Gebreyesus, é atualmente uma das figuras de maior destaque no noticiário relativo à pandemia de coronavírus com posições fortes no combate à Covid-19.

O que muitos não sabem, porém, é que o nome dele já foi envolvido em diversas controvérsias em seu país, a Etiópia. A mais conhecida delas foi a acusação feita por Lawrence Gostin, especialista em saúde global, durante as eleições para a OMS em 2017.

Na época, Tedros foi acusado pelo dr. Gostin de ter encoberto epidemias de cólera quando era ministro da Saúde do país africano. Segundo Gostin, que era diretor na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, a ocultação de epidemias de cólera era fato comum na Etiópia, mas a situação continuou também durante a gestão de Tedros.

– Dr. Tedros é um funcionário de saúde pública compassivo e altamente competente. Mas ele tinha o dever de dizer a verdade ao poder e identificar e relatar honestamente os surtos de cólera verificados por um período prolongado – disse Gostin na época.

Outra polêmica aconteceu durante a eleição para a atual gestão da OMS, quando o nome de Adhanom recebeu forte oposição dos cidadãos de seu país.

Pelas redes sociais, internautas acusavam o ex-ministro da Saúde de ser “responsável pelos crimes contra a humanidade na Etiópia”. Uma campanha até chegou a ser mobilizada com a tag #NoTedros4WHO, #NãoaTedrosparaOMS, em português.

– Tedros Adhanom presidiu e participou do maior escândalo de corrupção fiscal e mau uso do Fundo Global na Etiópia – escreveu um dos internautas.

Etíopes acusaram Tedros de ser “assassino” durante gestão no país Foto: Reprodução

Já no campo ideológico, o questionamento foi sobre a escolha de alguns nomes vinculados a governos de esquerda para gerir setores da organização, após eleito.

Uma das escolhas de Adhanom foi a médica brasileira Mariângela Batista Galvão Simão, figura presente no Ministério da Saúde durante as gestões do PT, que passou a ocupar a função de diretora-geral assistente da OMS.

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