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Curada da Covid, médica de 88 anos volta a fazer cirurgias

"Não achei que resistiria", disse a renomada cirurgiã Angelita Habr-Gama

Rafael Ramos - 26/06/2020 12h22 | atualizado em 28/07/2020 12h55

Aos 88 anos, a médica Angelita Habr-Gama é um verdadeiro testemunho de superação. Acometida pela Covid-19, ela ficou 50 dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Considerada uma das gastroenterologistas mais renomadas do país, ela trabalha justamente no hospital onde foi internada em estado grave, no dia 18 de março. Angelita teve os pulmões comprometidos pelo coronavírus e precisou ser intubada.

– Não achei que resistiria. Era um quadro muito grave. É um vírus muito agressivo. Ele se propaga com muita facilidade e como ainda não se conhece muito sobre as características dele, é mais difícil tratar. Mas é preciso ser otimista. É grave, mas nem sempre é letal.

Angelita contraiu a doença ainda no início da pandemia. Em fevereiro, ela viajou para a Europa com o marido, o médico Joaquim José Gama, e depois foram participar de um congresso em Jerusalém. De volta ao Brasil, ela deu uma festa para 400 pessoas pelo lançamento de sua biografia Não, Não é Resposta e começou a apresentar os primeiros sintomas dias depois.

Apesar da sorte que teve em poder contar com uma equipe de ponta em seu tratamento, a cirurgiã afirma que nem todos têm a mesma oportunidade que ela. Angelita defende que dar uma boa assistência ao paciente é fundamental para ajudá-lo a ter uma boa recuperação.

Por causa da intubação, a médica teve perda de peso e fraqueza muscular. Já em casa, ela começou as sessões de fisioterapia respiratória e viu as coisas voltarem ao normal.

– Sou uma pessoa forte e saudável, sempre fiz esportes. Sobretudo, tenho muita vontade de viver. Acredito que isso me ajudou a reagir bem à doença. Estou totalmente recuperada. Não tive sequelas.

De volta às atividades desde o dia 1º de junho, Angelita Habr-Gama voltou a conduzir cirurgias e realizou dez procedimentos em 20 dias. No total, ela executou mais de 50 mil operações ao longo da premiada carreira, que lhe permitiu conquistar mais de 50 prêmios. Formada em Medicina pela USP, ela afirma que o coronavírus é mais um capítulo em meio a tantos na história de sua vida.

– Não foi fácil vencer a Covid-19, mas depois que venci essa barreira, as coisas se tornaram ainda mais agradáveis. Eu quero continuar exercendo a minha profissão. Estou bem de saúde e intelectualmente. Assim, vou levando a vida.

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