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Covid: Risco de internação é 257 vezes maior que reação à vacina

Dado consta em um boletim epidemiológico especial emitido pelo Ministério da Saúde

Paulo Moura - 30/11/2021 08h47 | atualizado em 30/11/2021 09h23

Vacina contra a Covid-19 Foto: MS/Myke Sena

Dados que constam em um boletim epidemiológico especial emitido pelo Ministério da Saúde, que avaliou a vacinação no país entre os dias 18 de janeiro e 25 de outubro deste ano, apontaram que o risco de ser internado com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é 257 vezes maior do que o de ter uma reação ao imunizantes contra a Covid-19.

De acordo com as informações, a incidência de eventos adversos graves (EAG) notificados no Brasil foi de cerca de 5,1 eventos para cada 100 mil doses aplicadas. No período, foram analisadas as aplicações de 194 milhões de doses no país.

Ao todo, foram registrados 139 mil eventos adversos (entre graves e não graves) no sistema de informação e-SUS, que excluem o estado de São Paulo, que utiliza sistema próprio. Do total, 11,4% (15 mil doses) foram resultados de erros de aplicação.

Segundo o boletim do ministério, até o dia 22 de novembro foram internadas 2,7 milhões de pessoas por SRAG e registrados 611 mil óbitos de Covid-19 no Brasil, o que corresponderia, de acordo com a análise, a um risco 257 vezes maior de ser internado por SRAG do que sofrer um evento adverso da vacina.

– Portanto, 1,3% da população brasileira foi internada ou evoluiu para o óbito por SRAG entre 2020 e 2021. No mesmo período, a mortalidade por Covid-19 foi de 288,6 a cada 100 mil habitantes, o que corresponde a um risco 257 vezes maior de ter sido internado por SRAG e 56,6 vezes maior de ter morrido pela Covid-19 até o presente momento do que o risco de ocorrência de um episódio adverso – indica o documento.

O Ministério da Saúde ressalta ainda que os dados notificados incluem, em sua maioria, casos que, ao serem investigados, não apresentam qualquer relação com a vacina. Um exemplo dessa afirmação é que, de 9.896 eventos adversos graves notificados, 35,7% foram descartados e classificados como “reações coincidentes ou inconsistentes”, ou seja, sem relação causal com a vacina.

Do total, segundo a pasta, apenas 428 (menos de 5% do total) tiveram investigação que confirmou a relação com a vacina, e outros 5.148 (52%) casos permanecem em investigação. Já dos 3.366 óbitos notificados, após avaliação apenas 11 foram confirmados como tendo relação com a vacina. Já outros 1.861 foram classificados como inconsistentes ou coincidentes, e 1.270 são investigados.

– Os 11 óbitos classificados como A1 [reações inerentes ao produto conforme literatura] foram casos da síndrome de trombose com trombocitopenia, uma síndrome rara descrita com as vacinas de vetor viral após seu uso em larga escala na população. Destes casos, 8 foram com a vacina AstraZeneca e 3 com a vacina Janssen – completa o boletim.

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