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Pleno.News - 22/05/2021 16h20 | atualizado em 22/05/2021 17h33

Mulheres engravidam após anticoncepcional falhar Foto: Pixabay

Uma pesquisa israelense, publicada na quinta-feira (20), na revista científica Journal of Clinical Investigation, indicou a presença de anticorpos contra a Covid-19 em bebês cujas mães foram vacinadas com a Pfizer/BioNTech.

No Brasil, o primeiro caso de um bebê que herdou anticorpos da mãe imunizada também repercutiu desde quarta-feira (19). A notícia é positiva, mas imunologistas alertam que os resultados podem não garantir imunidade e que os anticorpos tendem a decair com o tempo.

Em Israel, o estudo observacional reuniu 1.094 mulheres de oito hospitais do país. As amostras foram coletadas entre abril de 2020 e março de 2021 após o parto e divididas em três grupos:

1 – Participantes que receberam a vacina entre janeiro a março de 2021;

2 – Participantes que não receberam a vacina e que tinham resultados PCR positivos para a Covid-19;

3 – Participantes que não foram vacinadas nem tinham documentação sobre a infecção.

A sorologia de sangue do cordão umbilical demonstrou que a vacinação com a Pfizer/BionTech transmitiu uma “robusta resposta imunológica” para o feto, inclusive com a mesma concentração de anticorpos presentes na mãe.

A proporção de anticorpos foi a mesma em comparação entre as mulheres que foram vacinadas e infectadas pelo Coronavírus.

ANTICORPOS EM GESTANTES

O caso brasileiro ocorreu na cidade de Tubarão, em Santa Catarina. Enrico nasceu em em 9 de abril e, um dia depois, foi submetido à coleta de sangue para o teste neutralizante do Coronavírus.

O exame indica se há a presença de anticorpos no organismo capazes de bloquear a ação viral. Resultados abaixo de 20% são considerados negativos, mas no caso de Enrico, o teste apontou 22% de neutralização.

Mãe e filho ainda serão acompanhados pelos próximos seis meses por um grupo de pesquisadores catarinenses. Novos testes serão feitos a cada trimestre, e o relato do caso deve ser publicado em uma revista científica internacional.

– O que nós vamos avaliar é se haverá o aumento dos anticorpos (no bebê) e se isso vai estar relacionado com a amamentação – explica o farmacêutico bioquímico Daisson Trevisol, que é secretário municipal da saúde de Tubarão e integrante do núcleo que analisa o caso de Enrico no Centro de Pesquisas Clínicas da Unisul, onde é professor.

Em abril, outros estudos já haviam apontado que mães imunizadas contra a Covid passam anticorpos para os bebês pelo leite materno. Uma análise feita pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), a partir de mais de 100 estudos clínicos, concluiu que os anticorpos poderiam prevenir a infecção ou reduzir a gravidade dos sintomas dos bebês.

*Estadão

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