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Números apontam para forte tendência d e queda nas faixas etárias mais altas

Paulo Moura - 22/07/2021 08h13 | atualizado em 22/07/2021 10h15

Mortes de idosos por Covid no Brasil têm caído Foto: Pixabay

Desde o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, em janeiro deste ano, a quantidade de mortes e internações por conta da doença tem caído drasticamente, especialmente na faixa etária entre os 60 e 69 anos. É o que apontam dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), do Ministério da Saúde, que foram analisados pelo portal R7.

O banco de dados em questão compila informações sobre as vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), das quais especialistas calculam que 98% dos casos sejam causados pela Covid-19. O grupo entre 60 e 69 anos, antes o mais vitimado pela SRAG, teve redução de 74% da média móvel de internações e de 76% de mortes entre o final de março e o início de abril.

Agora, são os brasileiros de faixas etárias até três décadas mais novas (59 a 50, 49 a 40 e 39 a 30) que apresentam as maiores taxas de internados. Em relação aos óbitos, as faixas etárias de 40 a 49 e de 50 a 59 anos são as que morrem mais.

– O fato de ter caído a mortalidade, as internações e o número de casos não significa que a situação está boa. Nós estamos ainda em níveis muitos altos, em comparação com o ano passado, inclusive, e a outros países. Então a nossa situação é muito grave – diz o epidemiologista Guilherme Werneck.

Em comum, todos as faixas apresentaram um aumento anormal durante o auge da segunda onda da Covid-19 no Brasil, entre o final de março e início de abril. Os dois meses foram os mais letais da pandemia e fizeram explodir o número de mortos e internados, principalmente entre brasileiros com 60 anos.

Neste período, a vacinação ainda estava em ritmo inicial e poucos brasileiros nos grupos prioritários tinham recebido as doses. Com a disseminação da variante Gama (P1, do Amazonas) do novo coronavírus por todo o território nacional, o resultado foi UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) lotadas em todos os estados e recordes diários de mortes.

Nas semanas seguintes ao colapso hospitalar, a aplicação de doses de vacinas anticovid saltou de 14,3 milhões de brasileiros vacinados em março para 23,5 milhões em abril, seguida de 21,2 milhões em maio e fechando com 32,5 milhões em junho, total de 77,3 milhões nos três meses seguintes.

Desde junho, os indicadores da pandemia têm reduzido com frequência. Especialistas alertam, porém, que os cuidados básicos devem ser mantidos até mesmo entre vacinados, considerando que os níveis de transmissão e de mortes continuam em um patamar alto.

– Nenhuma vacina tem uma proteção de 100%. A vacinação ainda não contemplou o recomendado pela imunidade rebanho e nem todas as faixas etárias, devido ao ritmo de vacinação, [então] as medidas como distanciamento social, evitar aglomerações, higiene frequente das mãos e uso de máscaras devem ser mantidas – completa a infectologista Ana Rachel Seni Rodrigues.

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