Coronavírus: Produto criado por brasileiros protege embalagens
Tecnologia é inédita no mundo e também age contra outros vírus e bactérias
Pierre Borges - 03/03/2021 16h27 | atualizado em 03/03/2021 16h55
A pandemia do coronavírus mudou muita coisa na rotina das pessoas do mundo todo. Alguns cuidados foram necessários para a prevenção da Covid-19, chamando a atenção da população para questões de higiene que antes não eram tão discutidas.
Não são poucas as pessoas que passaram a deixar as compras em quarentena ou as estavam sempre limpando com álcool 70%, após a chegada do mercado. Uma empresa brasileira, no entanto, criou um produto para embalagens que impede que o coronavírus e outros microrganismos permaneçam na superfície.
Em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a empresa Anjo Tintas, criou a tecnologia NanoBlock, que impede permanentemente que vírus e bactérias permaneçam e se multipliquem nas superfícies em que a tecnologia for aplicada. Deste modo, pessoas não poderão contaminar as embalagens nem serem contaminadas por elas.
– É uma inovação tecnológica a nível mundial. Hoje as pessoas falam de se proteger, usar máscara, passar álcool em gel, manter distância e não tocar umas nas outras. Mas, até agora, não existia um produto para oferecer proteção inteligente e contínua. A Anjo Tintas traz essa novidade através da Linha AnjoPrint, que possui tintas e produtos desenvolvidos para impressão em embalagens flexíveis – afirma Filipe Colombo, CEO da empresa Anjo Tintas.
A empresa investe na área há anos. Em 2013, já havia lançado uma tinta desenvolvida para proteger embalagens de qualquer tipo de bactéria. Dessa vez, a pesquisa foi ampliada com a tecnologia Nanoblock, que possui duas certificações baseadas em normas internacionais: uma atestando a efetividade antibacteriana; a outra, a efetividade antiviral.
Os produtos desenvolvidos com essa tecnologia até o momento são tintas, que podem ser usadas para imprimir o design da embalagem, e um tipo de verniz, que pode ser aplicado em toda a embalagem após o processo de impressão.
A empresa responsável pela tecnologia afirma que a embalagem envernizada ou impressa com o produto não deve ser usada como método de descontaminação das mãos.
Leia também1 Mais de 75 mil lojas fecharam no Brasil em 2020, aponta CNC
2 Bolsonaro critica a imprensa: "Para a mídia, o vírus sou eu"
3 Avião com doses de vacina bate em jumento em pista de pouso
4 Ministro da Educação defende retorno das aulas presenciais
5 Covaxin tem eficácia de 80,6%, apontam dados preliminares