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Conselho de Medicina diz que não há consenso sobre lockdown

Presidente do CFM afirmou que entidade é pautada na Ciência, mas destacou que não há consenso científico sobre a medida

Paulo Moura - 25/03/2021 11h50 | atualizado em 25/03/2021 12h39

Toque de recolher em Campinas deixa a cidade quase vazia Foto: Reprodução

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, declarou que a Ciência ainda não pode garantir se medidas como lockdown são de fato eficientes contra a Covid-19. A declaração foi feita durante entrevista concedida à rádio Jovem Pan, na manhã desta quinta-feira (25).

– Onde está a grande contribuição da Ciência? No desenvolvimento das vacinas e no tratamento de pacientes críticos. O uso de anticoagulantes, o uso de corticoides, a posição crona, a intubação tardia, nós temos avanços. Quanto à fase inicial da doença, por mais que as pessoas digam que existe consenso na literatura em relação ao lockdown, ele não existe – declarou.

O dirigente do CFM também criticou a Associação Médica Brasileira (AMB), após a entidade pedir que os medicamentos que fazem parte do chamado Kit-Covid (como a cloroquina, ivermectina e azitromicina) fossem banidos. De acordo com Ribeiro, a AMB não tem legalidade para fazer esse tipo de recomendação.

– Quando a Associação Médica Brasileira sai com aquele documento, ela tem todo o respeito da CFM, mas não restam dúvidas de que ela tenta avançar nas questões legais, porque quem tem atribuição legal no Brasil de determinar o que pode ser usado ou não na população brasileira é o CFM. Quando elas dão uma opinião sobre um assunto, é uma opinião – disse.

Ribeiro ainda afirmou que a situação da Covid-19 no Brasil é uma tragédia, mas ressaltou que o grande problema vivido na pandemia é a politização da crise sanitária e a atitude da mídia de “procurar culpados”.

– O grande problema que nós temos é a politização em torno da pandemia. Essa pandemia ela não mata [só] no Brasil, ela mata no mundo. Mas, infelizmente, aqui, no Brasil, há uma insistência por parte da sociedade e por parte da mídia de procurar culpados – completou.

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