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Com cloroquina, Suíça tem 50% da mortalidade da França

País tem apresentado resultados positivos com a adoção do tratamento

Paulo Moura - 22/05/2020 10h52 | atualizado em 22/05/2020 11h55

Cloroquina tem obtido bons resultados na Suíça Foto: Reprodução

Usando amplamente a hidroxicloroquina para tratamento de pacientes com a Covid-19, a Suíça tem obtido ótimos números no combate à pandemia. Na comparação com a vizinha França, por exemplo, que tem mostrado oposição ao uso do medicamento, os suíços têm quase metade da taxa de mortos por milhão de habitantes (432 da França contra 220 da Suíça).

Informações divulgadas pela emissora de rádio Tele Suisse (RTS), dão conta de que a proporção de pacientes tratados com a hidroxicloroquina é de 40% no Hospital Universitário de Lausanne (CHUV) e mais de 50% no Hospital Universitário de Genebra (HUG). O percentual alcança 85% nos cuidados intensivos em Genebra.

Médicos do país dizem que mesmo sem comprovações científicas fortes sobre o medicamento, o uso é necessário já que o país está diante de uma pandemia que pode matar milhares de cidadãos.

– Temos que admitir que em uma epidemia como essa, temos que trabalhar com o desconhecido. Portanto, não é porque um medicamento não tenha necessariamente demonstrado ser totalmente eficaz que não deve ser administrado, se a balança for a favor da dúvida – diz Laurent Kaiser, chefe do Departamento de Doenças Infecciosas da HUG.

Para tentar sanar as dúvidas dos especialistas, o país europeu lançará uma pesquisa que envolverá 800 pessoas positivas para o Covid-19 que não estariam hospitalizadas.

– O objetivo é testar a eficácia da cloroquina na redução de complicações, hospitalizações secundárias e possivelmente até mortes. De fato, gostaríamos de saber se a cloroquina é eficaz em um ambiente ambulatorial, ou seja, antes de os pacientes chegarem ao hospital – relata Blaise Genton, médico chefe da Unisanté, que está à frente deste projeto.

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