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CNN: Pai de Boulos “vai mal” em debate sobre cloroquina

Infectologista Marcos Boulos e o médico Paolo Zanotto discutiram o uso do medicamento no combate à Covid-19

Pleno.News - 16/05/2020 17h47 | atualizado em 16/05/2020 18h08

Infectologia Marcos Boulos Foto: Divulgação/TV Brasil

Enquanto o mundo debate o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate ao coronavírus, no Brasil as discussões sobre o tema continuam acaloradas. Durante um debate na CNN Brasil sobre o assunto, o médico Paolo Zanotto e o infectologista Marcos Boulos, pai de Guilherme Boulos, falaram sobre o uso do medicamento contra a Covid-19.

O primeiro a falar foi Zanotto, que é professor da Universidade de São Paulo (USP). Ele foi questionado sobre a politização do uso da cloroquina que é vista nas redes sociais. O médico explicou que o medicamento deve ser usada no início da infecção e citou estudos sobre o assunto.

Em sua resposta, no entanto, Marcos Boulos adotou um tom mais agressivo e desmereceu o uso da cloroquina.

– Não existe polêmica porque ela não é indicada mesmo [no combate ao coronavírus]. Todos os trabalhos mais recentes mostram que a cloroquina não é um medicamento que atua de maneira persistente contra o vírus no paciente – disse.

Zanotto então rebateu e disse que seu colega estava desinformado sobre o uso do medicamento no combate à Covid-19.

– Ele está totalmente equivocado (…) A hidroxicloroquina já é muito estudada desde 2003 (…) Eu gosto muito do Marcos, mas ele está desinformado (…) Vou passar uma lista de mais de 35 trabalhos para que ele se informe e leia (…) A maior parte dos trabalhos que ele está citando são trabalhos que foram feitos com pacientes tardios na infecção – apontou.

Paolo Zanotto, virologista da USP Foto: Divulgação

Boulos, porém, falou sobre diversas pesquisas feitas pelo mundo que não mostraram a eficácia da cloroquina.

– As principais revistas médicas do mundo têm mostrado trabalhos desacreditando a cloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus ou qualquer doença por vírus. Os estudos que mostram são experimentais, utilizados em laboratórios, mas nunca utilizados em humanos com comprovação e eficácia – ressaltou.

Zanotto, no entanto, não se deixou abalar e disse que há muitos trabalhos satisfatórios sobre o uso do medicamento, desde que aplicado no início da infecção.

– Existem muitos trabalhos satisfatórios, (…) todos os trabalhos feitos no início da infecção, com tratamento precoce, conta com uma quantidade muito satisfatória de resgate de pacientes. Geralmente mais do que 90%. (…) O que ele está atendo é a trabalhos feitos com dosagem errada ou letal ou trabalhos feitos com pacientes tardios – destacou.

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