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Cientistas criam antiviral que reduz o Coronavírus em 99,9%

Tecnologia utilizada, chamada de “silenciamento de genes”, foi testada em camundongos

Monique Mello - 20/05/2021 14h18 | atualizado em 20/05/2021 15h44

Pesquisadores dos EUA e da Austrália desenvolvem droga experimental contra o Coronavírus Foto: Freepik

Cientistas da Griffith University, na Austrália, e do centro de pesquisas City of Hope, nos EUA, desenvolveram um antiviral com ação contra o Coronavírus que demonstrou 99,9% de eficácia. Nas primeiras fases, os testes foram realizados com camundongos.

A tecnologia, chamada de “silenciamento de genes”, consiste em envolver RNA silenciador de genes (siRNA) para atacar diretamente o genoma do vírus, impedindo a replicação. O material é envolto em uma cápsula de nanopartículas lipídicas que levam o siRNA até os pulmões do paciente, que tende a ser o local mais crítico da infecção.

– O tratamento com a terapia em camundongos infectados com SARS-CoV-2 melhorou a sobrevida dos animais e evitou mortes. Notavelmente, nos sobreviventes tratados, nenhum vírus pôde ser detectado nos pulmões – afirmou o professor Nigel McMillan, em comunicado.

Descoberta na década de 1990, a técnica de “silenciar” genes por meio de siRNAS é alvo de testes experimentais para controle de doenças diversas, como a porfiria aguda intermitente, um distúrbio metabólico raro.

Outro ponto positivo do potencial medicamento é que ele é capaz de proteger contra uma família de betacoronavírus. Desta forma, pode ser usado no tratamento das variantes atuais e das que possam surgir no futuro.

Para McMillan, o medicamento tem potencial para ser aplicado em ambientes hospitalares diversos. Isto se dá devido às nanopartículas usadas para encapsular os siRNAs durarem mais de um mês, se mantidas em temperatura ambiente, e até 12 meses, se mantidas estáveis a 4º C.

– Também mostramos que essas nanopartículas são estáveis ​​a 4° C por 12 meses e, em temperatura ambiente, por mais de um mês, o que significa que este agente pode ser usado em ambientes com poucos recursos para tratar pacientes infectados – diz McMillan.

O documento científico afirma que se trata de um “prenúncio de uma nova era na nanomedicina”.

 

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