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Casal de pastores morre em dois dias e deixa 2 filhos deficientes

Manuel e Ednalva foram infectados pela Covid-19 e morreram após sofrerem complicações da doença

Paulo Moura - 10/12/2020 13h29 | atualizado em 10/12/2020 15h11

Casal de pastores morreu em um intervalo de dois dias deixando dois filhos com deficiência Foto: Arquivo Pessoal

Uma família que mora na cidade de Guarujá, em São Paulo, foi severamente abalada pela Covid-19 em um curto intervalo de tempo. Casados há 43 anos, os pastores Manuel Reginaldo Gonçalves de Oliveira, de 66 anos, e Ednalva Gonçalves de Oliveira, de 63, morreram por conta da doença causada pelo coronavírus em um intervalo de apenas dois dias.

O casal de líderes religiosos cuidava de dois filhos com deficiência e atuava em uma igreja conhecida no município. Segundo a filha mais velha do casal, a operadora de caixa Vanessa Gonçalves de Oliveira, de 42 anos, a principal preocupação de Ednalva era de não deixar os filhos sozinhos.

– A preocupação da minha mãe, antes de entubar, era com os filhos, medo de nos deixar sozinhos. O pior de tudo é a solidão, não poder dar um abraço – afirma Vanessa.

Vanessa relatou que o casal passou a apresentar os primeiros sintomas no fim de novembro, mas a família acreditava ser apenas uma gripe. Com a persistência dos sintomas, os dois procuraram unidades de saúde do município e descobriram que se tratava de Covid-19. Apesar dos cuidados, o casal apresentou piora e precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

– Tudo aconteceu nesse curto período, do dia 20 de novembro até 4 de dezembro, foi muito rápido – relembra.

Após a morte dos pais, que aconteceu nos dias 2 e 4 dezembro, Vanessa agradeceu o carinho dos fiéis da Igreja Assembleia de Deus de Guarujá, onde os pais ministravam. Além de Vanessa, o casal também tinha outros dois filhos, de 25 e 37 anos. A moça tem microcefalia e o rapaz tem síndrome de Down. Além da experiência com os dois, a neta do casal, filha de Vanessa, sofre com autismo.

– Minha filha só os chamava de mamãe e papai, está muito chateada por não ter se despedido, quer levar flores, pede para vê-los. Meu irmão passa o dia vendo foto deles. Eu não tive outra opção, a não ser ser forte – relata.

A filha diz que, apesar da solidão, ela pretende manter vivo o legado dos pais e que pretende cursar Serviço Social, sonho de longa data em sua vida. Vanessa também diz que quer dar continuidade a tudo o que os dois fizeram.

– Eu quero que minha vida seja sequência do que foi a vida deles, eu quero seguir adiante, com alegria, gratidão e amor a Deus – completa.

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