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Caio Coppolla explica a forte oposição ao uso da cloroquina

Uso de antiviral bem mais caro que o medicamento defendido por Bolsonaro foi hipótese levantada por comentarista

Paulo Moura - 13/04/2020 13h45 | atualizado em 13/04/2020 14h20

Caio Coppola no programa O Grande Debate Foto: Reprodução/CNN Brasil

O comentarista da CNN Brasil, Caio Coppolla, denunciou no programa O Grande Debate da última terça-feira (7), uma recomendação do Ministério da Saúde (MS) que diz respeito aos medicamentos usados para tratamento da Covid-19.

A fala de Coppolla foi sobre um vídeo, publicado no YouTube, que traz o protocolo de atenção primária definido pela pasta federal aos profissionais de saúde para os cuidados em pacientes com suspeita de coronavírus. Nele, um especialista cita diversas regras definidas pelo MS.

Uma das diretrizes citadas no vídeo é sobre o uso do antiviral oseltamivir, medicamento comercializado sob a marca Tamiflu, para pacientes com sintomas de síndrome gripal, em cenários onde o diagnóstico exato não for conhecido e quando as pessoas apresentarem comorbidades – que são os casos em que o paciente tem duas ou mais doenças.

Durante um dos momentos do vídeo, o especialista médico fala que “vale a pena usar o oseltamivir (Tamiflu) se o paciente tiver uma hipertensão descontrolada, for muito idoso ou se ele tiver asma”, ou seja, os mesmos integrantes do grupo de risco do coronavírus.

O comentarista da CNN Brasil destacou, porém, que o Tamiflu custa entre R$ 230 e R$ 280 por caixa com 10 comprimidos. Já a unidade da cloroquina, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, custa apenas R$ 1. A diferença exorbitante nos preços, segundo Coppolla, levantaria suspeitas de um lobby para a indústria farmacêutica.

– Deve ter gente na indústria farmacêutica muito radiante com essa recomendação do Ministério da Saúde – denuncia Caio.

Durante o debate, o comentarista ainda criticou parte da imprensa que, segundo ele, não fez questão de investigar o caso.

– Quem tem que fazer as perguntas difíceis para os ministros são os jornalistas, [mas] eles parecem estar em lua de mel com o doutor Mandetta – completou.

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