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BioNtech pode fornecer vacina para mutação em 6 semanas

Laboratório alemão afirmou que é capaz de adaptar o imunizante Pfizer à nova cepa da Covid-19

Thamirys Andrade - 22/12/2020 16h51 | atualizado em 22/12/2020 17h28

Vidros de vacina contra a Covid-19 da Pfizer
União Europeia autorizou vacina da Pfizer e BioNTech na segunda-feira (22), após aval de regulador Foto: Divulgação/Pfizer

Responsável pela produção da primeira vacina contra a Covid-19 aprovada no mundo, o laboratório alemão BioNTech anunciou que em seis semanas pode fornecer um imunizante da farmacêutica Pfizer adaptado à nova cepa identificada no Reino Unido. A fala aconteceu nesta terça-feira (22), em entrevista coletiva, um dia após a União Europeia autorizar o uso da vacina.

– Tecnicamente somos capazes de fornecer uma nova vacina em seis semanas. A beleza da tecnologia do RNA mensageiro é que podemos diretamente começar a conceber uma vacina que imita fielmente a nova mutação – explicou Ugur Sahin, cofundador do laboratório alemão.

Os imunizantes que se baseiam nessa tecnologia injetam no paciente uma cópia de trecho do código genético do vírus. Dessa forma, o corpo gera uma proteína que inicia a produção de anticorpos contra a doença.

MUTAÇÃO
A variação da Covid-19 tem causado receio e mais de 40 nações anunciaram o cancelamento de voos vindos do Reino Unido para conter a disseminação. A nova cepa é considerada 70% mais transmissível, entretanto não há registros de que ela seja mais letal ou cause sintomas mais graves.

Responsável por mais de 60% dos novos casos de Covid-19 em Londres, a variante está fora de controle no país europeu. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou novas medidas de restrição, e a França anunciou o fechamento da fronteira com o Reino Unido por 48 horas.

Com base nas informações disponibilizadas até agora, especialistas garantem que a mutação não deve prejudicar a eficácia das vacinas já aprovadas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que não é necessário fazer “grande alarde” e que a mutação é “parte normal do desenvolvimento do vírus”.

PFIZER
Até o fim do ano, a BioNTech e a Pfizer fornecerão 12,5 milhões de doses para países da União Europeia. Na Alemanha, a produção deve iniciar em fevereiro de 2021 e terá capacidade de prover 750 milhões de unidades por ano.

O Plano Nacional de Imunização brasileiro também prevê o interesse pela vacina Pfizer. O Ministério da Saúde deve negociar cerca de 70 milhões de doses.

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