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Coronavírus: Epidemia é a mais cara em duas décadas

Doença já custou para a China o equivalente a R$ 263 bilhões

Pleno.News - 05/02/2020 11h30 | atualizado em 05/02/2020 11h50

Com pouco mais de um mês de notificação, o novo coronavírus se tornou a epidemia mais cara do mundo nos últimos 20 anos. A estimativa é que ela custe à China, epicentro da doença, cerca de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2020, o equivalente a 62 bilhões de dólares (R$ 263 bilhões).

Segundo levantamento do LearnBonds, site econômico norte-americano, a epidemia já está mais dispendiosa em relação a outras anteriores que duraram muito mais tempo (dois anos ou mais) e registraram um número maior de mortes.

No ebola foram 11.323 mortes, com gastos de 53 bilhões de dólares (R$ 224,8 bilhões). O vírus provocou vários surtos na África a partir de 2003, especialmente na Guiné, Libéria e em Serra Leoa, entre 2014 e 2016.

Na gripe suína (H1N1), terceira epidemia mais cara, foram 18.138 mortes e um custo estimado de 20 bilhões de dólares (R$ 84,84 bilhões). O número total de afetados pela doença é desconhecido, mas atingiu quase todas as regiões do globo entre 2009 e 2010. No Brasil, foram 968 mortes em 2009.

Nesta terça (4), o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças estimava o número de mortes resultantes do coronavírus em 427, com 20.626 infecções. Só na Ásia estão 20.571 casos do vírus. Das infecções tratadas, a China responde por 99,1%.

Epidemias anteriores como a gripe aviária, a Sars (síndrome respiratória aguda) e a Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio) também causaram pânico global, com um impacto considerável nas economias.

No período da análise, a gripe aviária foi responsável por 407 mortes em todo o mundo, e 701 pessoas infectadas. Ocorrida em 2006, atingiu 35 países e resultou em uma perda de 40 bilhões de dólares (R$ 169 bilhões). No último dia 2, a China notificou o primeiro caso de gripe aviária do ano em uma região na fronteira com a província de Hubei.

A Sars também levou a uma perda de cerca de 40 bilhões de dólares durante vários anos entre 2000 e 2020. O número representa 0,5% do PIB. O maior surto ocorreu entre 2002 e 2003 na região sul da China. O vírus resultou em 774 mortes em 17 países, com 8.098 infectados, com os chineses respondendo pela maioria dos casos. Já a Mers foi responsável por uma perda de 10 bilhões de dólares (R$ 42,42 bilhões), com 2.000 pessoas infectadas e 720 mortes.

Segundo a publicação, as epidemias têm causado implicações econômicas cada vez mais severas, daí a necessidade de se estabelecer um mecanismo global para lidar rapidamente com elas. Todas as epidemias mencionadas levaram, por exemplo, ao fechamento de linhas aéreas, rotas marítimas e fronteiras de alguns países. Além disso, os bens de consumo tendem a ficar mais caros no decorrer desses surtos, o que dificulta o crescimento econômico dos países.

De acordo com uma previsão conservadora da Oxford Economics baseada no impacto do coronavírus até agora, o crescimento econômico da China deve cair neste ano para 5,6%, abaixo dos 6,1% do ano passado. Isso, por sua vez, reduziria o crescimento econômico global do ano em 0,2%, para uma taxa anual de 2,3%, o ritmo mais lento desde a crise financeira global de uma década atrás.

*Folhapress

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