Colesterol aumenta o risco de Alzheimer, aponta pesquisa
Estudo indicou correlação entre o colesterol e a produção de uma das proteínas associadas ao Alzheimer
Paulo Moura - 17/08/2021 16h10 | atualizado em 17/08/2021 16h49

Um estudo científico realizado por pesquisadores dos Estados Unidos indicou que há correlação entre o colesterol e a produção de uma das proteínas associadas ao Alzheimer, a beta-amiloide. A pesquisa ajuda a esclarecer como a doença está ligada de forma direta ao acúmulo anormal dessas proteínas, que atuam como receptoras de sinais químicos no cérebro.
A conexão entre o Alzheimer e o colesterol foi comprovada através da observação de uma outra proteína, a apolipoproteína E (apoE), que atua no transporte do colesterol para os neurônios, facilitando a produção da beta-amiloide na membrana externa dessas células. O bloqueio do fluxo de colesterol seria capaz de impedir esse contato, evitando a produção dessas proteínas.
O estudo aponta que a beta-amiloide pode se aglomerar formando “placas” nas membranas celulares dos neurônios, o que atrapalha na transmissão dos sinais nervosos e pode desencadear a perda de memória, uma das principais características da doença. A ligação já havia sido detectada em estudos anteriores, mas não comprovada, devido às limitações tecnológicas.
Com a comprovação do papel do colesterol na produção da beta-amiloide, a análise indica que pode ser possível, a partir de agora, explorar o potencial de prevenção de progressão da doença. No entanto, o trabalho esclarece que, em níveis adequados, o colesterol é necessário ao cérebro para diversos outros processos, que incluem a manutenção do estado de alerta e cognição.
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