Casos de sífilis em gestantes preocupam especialistas
OMS revelou índices alarmantes referente ao Brasil e outros países
Ana Luiza Menezes - 04/01/2019 20h29
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 12 milhões de pessoas, em todo o mundo, estão infectadas pela sífilis. O mais recente boletim epidemiológico revelou que, no Brasil, foram registrados 49.013 casos de sífilis em gestantes e 24.666 casos de sífilis congênita, quando a doença passa da mãe para o filho.
Campanhas de prevenção, diagnóstico e tratamento já foram realizadas pelo Ministério da Saúde, no ano passado. Entretanto, em função do aumento de portadores, especialistas defendem a importância da prevenção como assunto contínuo junto a sociedade.
Por ser tratar de uma doença sexualmente transmissível, faz-se necessário o uso de preservativos durante as relações sexuais. Estima-se que a infecção cause mais de 300 mil mortes fetais e neonatais por ano no mundo. Além disso, a sífilis aumenta o risco de morte prematura.
Quando transmitida de forma congênita, a doença pode afetar o feto em qualquer fase da gestação. Em casos raros, pode acontecer no momento do parto.
Entre os riscos para a saúde da criança estão baixo peso, nascimento prematuro, lesões na pele, problemas respiratórios, surdez neurológica, entre outros problemas. É indicado, portanto, que a mulher faça um pré-natal para evitar a contaminação do bebê.
TRATAMENTO
A gestante pode fazer exame para identificar a doença em três períodos. Um deles é no início da gestação, os outros momentos ideais são durante o terceiro trimestre da gravidez ou no parto. Em casos de diagnóstico positivo, a mãe deve receber de forma imediata a primeira dose de penicilina benzatina. Também será preciso realizar o teste chamado de VDRL para monitorar a doença. Médicos garantem que o tratamento não deixa a pessoa imune, sendo possível contrair a doença novamente.
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