‘Capitã Cloroquina’ e Queiroga defendem “autonomia médica”
Ministro falou em relação de "consciência e confiança"
Pierre Borges - 18/10/2021 14h59 | atualizado em 18/10/2021 15h14

Nesta segunda-feira (18), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga e a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, defenderam a “autonomia médica” no tratamento de doenças.
– Não sabíamos que teríamos ao longo de uma pandemia o desafio de enfrentar pessoas que não conhecem a arte médica, nada entendem de Medicina e passaram a questionar a nossa autonomia, o direito da nossa relação médico-paciente, o direito de fazer as nossas escolhas, o direito de salvar vidas – apontou Mayra, conhecida popularmente como Capitã Cloroquina.
A declaração foi feita por ela na data em que é celebrado o dia do médico e durante o lançamento do programa SOS de Ponta, que promove a qualificação para profissionais da saúde.
– Fomos questionados. Estamos sendo perseguidos, desafiados a não exercer essa autonomia para qual nós fomos formados. Estamos aqui hoje para celebrar essa data de pessoas que escolheram sair da sua zona de conforto, mudar de vida – declarou Mayra.
Queiroga elogiou a médica e disse que o Estado não pode quebrar o vínculo médico-paciente.
– A Mayra lembrou muito bem a missão do médico. […] A relação médico-paciente tem que ser baseada pela autonomia, a autonomia do médico e do paciente. O vínculo médico-paciente é inquebrantável. Ele não pode ser quebrado por quem quer que seja, nem pelo Estado – afirmou.
O ministro da Saúde defendeu que “consciência e confiança” devem ser a base da relação.
– Se não for isso, como é que eu vou contar os meus segredos para um médico, que tem a obrigação de guardá-los, para indicar a terapêutica adequada? – questionou.
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