Mayara Macedo - 24/06/2019 15h27 | atualizado em 24/06/2019 15h37

Uma cadela da raça Golden Retriever está “trabalhando” como auxiliar na terapia de crianças que fazem tratamentos oncológicos no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro. O animal se chama Hope, que significa esperança em inglês, tem 1 ano e vai até a unidade de tratamento uma vez por semana. Com direito a crachá, sua função é dar carinho aos pacientes.

– O nosso objetivo é que eles se desliguem do hospital (no momento em que estão com Hope). Para que se sintam como se estivessem em casa, trazer um pouco do conforto na nossa casa, do lar – afirmou a dona da cadela, a oncologista Bianca Santana.

A ideia surgiu da própria médica, que passou três anos fazendo o planejamento. Hope nasceu da fêmea e do macho mais dóceis de um canil selecionado e com apenas 2 meses começou a ser adestrada.

Bianca explica que o tratamento inusitado não é contra indicado e que muitas crianças apresentam melhora depois de ter contato com Hope. A médica precisou comprovar que a interação entre a cadela e os pacientes não altera infecções, mas promove benefícios.

– Um menininho nosso, numa das ocasiões, não queria comer. A enfermeira disse que a Hope tinha dito para que ele se alimentasse. Ele comeu. No dia da visita dela, foi logo contar a novidade: “Hope, eu comi tudo” – disse a médica.

Hope é adestrada por André Donza, que também é responsável por sua higienização para poder entrar no Inca. Donza escova os dentes da cadela e limpa suas patinhas. Ele contou que o treinamento dela foi em etapas, começando pelo básico, como sentar.

– Quando ela estava começando, as tarefas eram mais básicas, como sentar ou ir para a caminha. Depois vieram os exercícios mais complexos, de especialização, como receber carinho de pessoas em locais públicos, como metrô, shoppings – finalizou.

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