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América Latina tem 500 mil pessoas que portam o HIV

Opas defende que muitos não sabe que têm o vírus

Ana Luiza Menezes - 30/11/2018 20h11

1º de dezembro marca campanha do Dia Mundial de Combate a Aids Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (30), a Organização Pan-americana da Saúde (Opas) informou que cerca de 500 mil pessoas tem o vírus HIV na América Latina e no Caribe e não sabem. Os dados foram revelados em Washington, nos Estados Unidos.

De acordo com a organização, mais de 2,1 milhões de pessoas vivem com o HIV na região, sendo que apenas 1,6 milhão sabe que é portadora do vírus. Segundo a Opas, o teste para detectar é fundamental para proteger casais, evitar novas infecções e permitir que aquelas pessoas que foram diagnosticadas com o vírus iniciem rapidamente o tratamento que salva vidas.

Graças à disseminação dos exames e a um maior acesso ao tratamento, entre 2010 e 2017, as mortes relacionadas à Aids caíram em 12% na América Latina e em 23% no Caribe, conforme um comunicado da instituição.

Apesar dos avanços, a taxa de novas infecções na América Latina se mantém em cerca de 100 mil por ano, com uma redução de apenas 1% desde 2010. O progresso no Caribe foi muito mais rápido, com diminuição de 18% nas novas infecções. Mesmo assim, em toda a América Latina, os grupos de maior risco continuam ficando fora dos serviços vitais de prevenção e acompanhamento.

A campanha do Dia Mundial de Combate a Aids, neste ano, tem como slogan a frase Know your Status (Saiba seu Status). Há 30 anos, a data de 1º de dezembro marca a conscientização sobre a doença.

– O Dia Mundial de Combate a Aids nos lembra que, apesar desses ganhos, uma em cada quatro pessoas com HIV na região ainda não sabe seu status, não começou o tratamento e, portanto, corre maior risco de morrer prematuramente e infectar outras pessoas – ressaltou o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas, Marcos Espinal, em comunicado.

Conforme dados da instituição, 41% dos novos casos da América Latina e 23% dos novos casos do Caribe ocorrem com homens que fazem sexo com homens. Profissionais do sexo e seus clientes, mulheres trans e pessoas que fazem uso de drogas injetáveis também estão entre os grupos de maior incidência da Aids.

– Precisamos abordar barreiras, como o estigma e a discriminação, que impedem que populações-chave tenham acesso aos testes e aos tratamento e consigam exercer plenamente o seu direito à saúde – concluiu Marcos.

*Com informações da Agência EFE

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