Saiba seis mitos e verdades sobre o exame de mamografia
A avaliação é essencial para diagnosticar câncer e outras doenças da mama
Pleno.News - 25/02/2025 16h11 | atualizado em 25/02/2025 17h13

O exame de mamografia é uma das principais formas de detectar o câncer de mama, um dos tipos mais comuns de carcinoma entre as mulheres e com cerca de 73 mil casos registrados apenas em 2024, segundo o Ministério da Saúde. Porém, ainda existem mitos e dúvidas associados ao exame, principalmente em relação à época ideal para começar a fazê-lo e quem deveria incluí-lo na rotina de cuidados com a saúde.
Confira alguns mitos e verdades sobre o tema:
A mamografia é dolorosa e muito desconfortável para todas as mulheres
DEPENDE. Segundo a dra. Letícia Gonçalves, radiologista da CDPI e especialista em exames de mama, sentir dor durante a mamografia depende também do nível de sensibilidade ao toque e da ansiedade da paciente.
– A tendência é que a compressão das mamas no mamógrafo cause apenas um leve e rápido incômodo. Porém, algumas pacientes são mais sensíveis à dor nessa região, principalmente se estiverem no período pré-menstrual – explica a especialista.
Se for possível, evite realizar a avaliação quando as mamas estiverem muito sensíveis e tente relaxar o corpo.
Durante o exame, as mamas são colocadas sobre uma placa de acrílico e outra placa semelhante exerce pressão para que a área fique com uma espessura uniforme, o que facilita a identificação de lesões suspeitas que possam estar atrás do tecido mamário.
A mamografia pode causar câncer de mama por causa da radiação
MITO. Apesar de o exame necessitar de uma pequena quantidade de radiação para que as imagens sejam visualizadas e geradas com a nitidez necessária, ela não é suficiente para causar qualquer dano à saúde da paciente ou influenciar no desenvolvimento de casos de câncer.
Mulheres com próteses de silicone também podem fazer mamografia
VERDADE. De acordo com a dra. Letícia, as próteses de silicone não impedem a visualização da estrutura da mama para a geração das imagens. O exame também não danifica a integridade do material das próteses, ou seja, ele está liberado para pacientes com silicone. Nesses casos, algumas técnicas são utilizadas para ver melhor o tecido ao redor das próteses.
Não preciso fazer mamografia se não tiver histórico familiar de câncer de mama
MITO. O câncer de mama pode se desenvolver por causa de diversas manifestações no organismo, incluindo hereditariedade, genética e fatores externos. Assim, mulheres que não têm histórico da doença na família também têm chances de ter esse tipo de tumor ao longo da vida, assim como outros tipos de carcinoma que não dependem apenas de fatores hereditários para ocorrer.
– A mamografia é um exame fundamental no rastreio do câncer de mama, mas também é eficaz para visualizar outras alterações que podem ocorrer nessa área, como cistos, abscessos e fibroadenoma. Por isso, todas as mulheres devem incluí-lo em sua rotina de cuidados com a saúde, que deve começar aos 40 anos para quem não tem casos na família e aos 30 ou 35 para aquelas que têm casos, principalmente em parentes diretos, como a mãe, em que se suspeita de risco genético – detalha a dra. Letícia.
Homens não precisam fazer mamografia durante a vida
DEPENDE. De acordo com a dra. Vivian Ogata, médica radiologista e especialista em exames de mama no laboratório Salomão Zoppi, apesar de não existir um protocolo de diagnóstico precoce de câncer de mama em homens — já que a incidência desse tipo de tumor nesse público é muito pequena em comparação com as mulheres —, eles podem fazer o exame caso notem alguma alteração na pele ou na mama que deva ser investigada por um especialista.
Em suma, não é preconizado fazer o exame em homens como rotina, mas pode ser realizado para a investigação de uma queixa.
Se a mamografia não mostrar alterações, isso significa que não há risco de câncer de mama
MITO. Embora a mamografia seja uma ferramenta importante para detectar alterações nas mamas e possa identificar sinais precoces de câncer, ela não é um exame com 100% de capacidade diagnóstica e nem sempre conseguirá identificar todos os tumores, sobretudo os nodulares muito pequenos ou aqueles que estejam nos primeiros estágios de desenvolvimento, em especial em mulheres com mamas densas, que apresentam bastante tecido glandular, o que, por sua vez, pode obscurecer essas lesões.
– É importante lembrar que a mamografia é apenas uma parte do processo de diagnóstico. O autoexame, o acompanhamento regular com um médico e, em alguns casos, exames adicionais, como ultrassonografia ou ressonância magnética, podem ser necessários, dependendo do histórico e dos fatores de risco da paciente – explica a dra. Vivian.
* Confira às terças e quintas-feiras às 15h30 o quadro Dicas de Saúde e Beleza na Rádio 93 FM.
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