Ana Luiza Menezes - 12/06/2019 19h45 | atualizado em 13/06/2019 18h01

A Justiça determinou que o governo de Santa Catarina pague R$ 150 mil como indenização para a família de um menino que teve a perna amputada após erro médico. Segundo o jornal Estadão, o caso aconteceu em janeiro de 2007, no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, quando o garoto ainda era um bebê.

A criança perdeu a perna por causa da demora no diagnóstico de obstrução arterial. A decisão judicial sobre a compensação financeira foi tomada por unanimidade por desembargadores da 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC).

O relator da apelação, desembargador Artur Jenichen Filho, destacou a dor e o sofrimento dos pais pelo que aconteceu com o filho. Em seu voto, ele defendeu o ressarcimento de gastos futuros referentes ao atendimento especial para o tratamento da vítima.

Jenichen Filho aumentou o valor que o pai receberia, a fim de que ficasse igual ao de sua mulher. Dessa forma, cada um receberá R$ 25 mil por danos morais.

Já a indenização para o menino é de R$ 100 mil, por danos morais e estéticos. O garoto também terá que receber uma pensão vitalícia, equivalente a um salário mínimo, a partir da data em que completar 14 anos de idade.

Atualmente, a criança tem 12 anos. Na ocasião do erro médico, a vítima recebeu o diagnóstico de sopro no coração. Depois de muitas tentativas dos pais, uma cirurgia para ele foi finalmente marcada, mas após todos os protocolos e aplicação da anestesia, os médicos não realizaram o procedimento.

Foi na época da internação que o menino teve problemas de coagulação do sangue, causada por negligência da equipe médica. Como resultado, a perna acabou amputada.

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