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‘Não há motivo para pânico’, diz virologista sobre novas variantes

Amílcar Tanuri, da UFRJ, disse estar confiante na eficácia das vacinas

Ana Luiza Menezes - 02/02/2021 17h17 | atualizado em 02/02/2021 17h33

Virologista disse que “não há motivo para pânico em relação às novas variantes do coronavírus” Foto: Reprodução

Ao falar sobre as novas variantes do coronavírus, o virologista Amílcar Tanuri, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que não há motivo para pânico. Ele afirmou ainda que está confiante na eficácia das vacinas. As informações são do jornal O Globo.

– A resposta honesta que a ciência pode dar é que não há certeza de nada. Mas certamente não existe motivo para medo e pânico. O medo não gera ações inteligentes, e o pânico imobiliza. A maior parte do que se fala de alarmante até agora é baseado em estudos feitos com vírus recombinantes (a grosso modo, pedaços do Sars-CoV-2 mutante dentro de outro vírus), e a resposta deles é diferente da do vírus natural – declarou o virologista.

Tanuri é um dos descobridores da variante P2 do Sars-CoV-2, que surgiu no Rio de Janeiro. Ele também está à frente de testes para investigar o risco da P1, cepa encontrada em Manaus.

Sobre possibilidade de que as variantes sejam mais contagiosas, ele disse que “há suposições porque tivemos uma segunda onda num momento em que as variantes entraram em circulação”.

– Mas não se pode esquecer [de] que essas variantes apareceram num momento em que as pessoas infectadas no início do ano começaram a perder sua imunidade natural… Sabemos que os anticorpos não duram muito. Então, não significa que essas variantes se espalharam porque são mais transmissíveis. Elas podem ter se propagado também em função da perda de imunidade – avaliou ele.

Amílcar Tanuri falou ainda sobre como as variantes surgiram. Segundo ele, “uma hipótese é que tenham surgido em pessoas que sofreram persistência da infecção pelo coronavírus”.

– Sabemos que algumas pessoas ficam mais tempo infectadas, o Sars-CoV-2 pode, por exemplo, persistir no intestino.

Questionado sobre como conter as variantes, o virologista destacou medidas como uso de máscara e higiene, entre outras.

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