Estudo: Pfizer e AstraZeneca são efetivas contra variante indiana
Imunizantes alcançaram resultados considerados efetivos contra a nova cepa
Paulo Moura - 23/05/2021 14h35
Os imunizantes da Pfizer/BioNTech e de AstraZeneca/Oxford foram considerados “altamente efetivos” contra uma das variantes indianas do coronavírus, apontou um estudo da agência de saúde pública da Inglaterra, divulgado no sábado (22). O artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e nem foi publicado em revista científica.
A pesquisa, feita entre 5 de abril e 16 de maio, mediu o quanto cada vacina conseguiu reduzir casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante britânica (B.1.1.7) e por uma das variantes indianas (B.1.617.2, uma sub-linhagem da B.1.617). Os números constatados são os de efetividade, ou seja: o impacto real da vacina na população.
A vacina da Pfizer/BioNTech teve uma efetividade de 88% contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) duas semanas após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade foi um pouco maior: 93%.
A vacina de Oxford/AstraZeneca, por sua vez, teve 60% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade também foi um pouco maior: 66%.
Ambas as vacinas tiveram 33% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a primeira dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade de ambas era de 50%.
A diferença na efetividade entre as vacinas após as duas doses pode ser explicada pelo fato de que o início da aplicação da segunda dose da vacina de Oxford/AstraZeneca só ocorreu depois do da Pfizer/BioNTech, indicaram os pesquisadores.
Para determinar quem estava infectado com qual variante, os pesquisadores usaram dados de todos os casos de Covid-19 na Inglaterra em que havia um sequenciamento genético do coronavírus. Ao todo, um total de 12.675 casos sequenciados foram incluídos na análise, dos quais 11.621 tiveram a linhagem britânica e os outros 1.054 a indiana.
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