Coronavírus pede home office e muda mercado de trabalho
Modalidade foi recomendada pelo Ministério da Saúde quando possível
Camille Dornelles - 16/03/2020 10h06
A partir desta segunda-feira (16), muitas empresas liberaram seus funcionários para trabalhar de casa como parte das medidas de isolamento social. O isolamento é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que foi adotada pelo Ministério da Saúde para frear o contágio do novo coronavírus.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou, nesta sexta-feira (6) que a recomendação do trabalho home office é para todo o Brasil, mas principalmente para os grandes centros.
– Temos orientado para que as unidades de trabalho que possam fazer o uso do trabalho home office, que o façam. Vamos trabalhar alguma orientação para que as pessoas possam trabalhar dessa maneira – declarou.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi um dos órgãos que acatou a recomendação do governo e, além disso, obrigou que todos os funcionários que fizeram viagens recentemente fiquem de quarentena por 14 dias.
Uma das empresas privadas que adotou a prática foi a HBSIS, empresa de informática que possui 900 profissionais nas cidades de Blumenau, em Santa Catarina, Maringá, no Paraná, e Sorocaba, em São Paulo. Um comunicado aos funcionários apontou que a preferência é para o home office, mas que os interessados poderiam ir para a empresa se desejarem.
FALTA JUSTIFICADA
Como é uma recomendação e não uma obrigação, a ausência do trabalhador do ambiente de trabalho deve ser acordada com o empregador, mas há uma lei vigente que justifica faltas por causa da ameaça do coronavírus.
No dia 7 de fevereiro o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que irá vigorar até do período de emergência. Ela justifica faltas de funcionários que estão em quarentena ou em isolamento colocados pelo governo federal. Nesses casos, a empresa deve manter o salário do empregado mesmo que a ausência passe de 15 dias.
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