Banho quente, cremes, óleos: Os amigos e vilões da pele no frio
Dicas de como manter a pele saudável durante o inverno
Pleno.News - 24/06/2025 14h05 | atualizado em 24/06/2025 14h12

Com o início do inverno na última sexta-feira (20), os cuidados com a pele precisam ser intensificados, porque os hábitos que a prejudicam se tornam mais frequentes, como: banhos quentes, falta de uso de hidratante e roupas de lã, explicam os dermatologistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo.
As baixas temperatura e a pouca umidade da estação facilitam a perda de água e a diminuição da oleosidade do tecido cutâneo. A combinação prejudica a barreira de proteção da pele, favorecendo ressecamento, descamação e até coceiras.
Por exemplo, a água quente no banho diminui a oleosidade da pele, tornando-a menos hidratada no inverno, período em que a desidratação já é comum. O uso excessivo de buchas rígidas e sabonetes de limpeza intensa na hora de se esfregar também piora à saúde da pele, porque danifica a barreira de proteção do tecido cutâneo.
Outro comportamento comum que prejudica ainda mais a pele é a falta de uso de cremes hidratantes. A aplicação é deixada de lado principalmente durante os períodos mais gelados do ano, porque a diferença entre a temperatura dos produtos e do corpo pode gerar a sensação de desconforto. O uso de roupas de lã em contato direto com a pele também pode causar irritação em pessoas mais sensíveis.
Estão mais suscetíveis a problemas com desidratação e irritações na pele durante o inverno, quem convive com dermatite atópica, psoríase ou mesmo pele extremamente seca (xerose cutânea). Também sofrem com o ressecamento cutâneo durante as baixas temperaturas idosos, crianças e pessoas negras, pois possuem o tecido cutâneo naturalmente mais seco.
Para manter a pele saudável durante o inverno, o ideal é tomar banhos mornos de até dez minutos com sabonetes neutros à base de glicerina e deixar as buchas de lado. Também é importante aplicar hidratante no corpo logo após se enxaguar para que seja mantida a umidade e a hidratação mais potente.
São indicados hidratantes com ativos como ceramidas, manteigas vegetais ou ureia, que reforçam à oleosidade e à estrutura das células do tecido cutâneo.
Atenção! O uso de óleos corporais não hidrata a pele ressecada. O produto tem como objetivo manter a umidade do próprio tecido, porém, caso esteja com pouca água, o quadro não vai ser revertido. O ideal é o uso combinado dos produtos com preferência por aqueles com ativos umectantes – que retêm a umidade – como: glicerina, ureia ou ácido hialurônico. Essas substâncias reforçam a hidratação e a estrutura das células cutâneas.
A dermatologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo, dra. Maria Augusta Pires Maciel, destaca que o ressecamento da pele não é apenas uma questão estética.
– Quando a barreira cutânea está comprometida, a pele fica mais suscetível a infecções, alergias e inflamações. Além disso, pode agravar doenças preexistentes. Por isso, os cuidados devem ser contínuos, não só no inverno. E se houver coceira intensa, vermelhidão, rachaduras ou dor, é fundamental procurar um dermatologista – diz a especialista, reforçando “que o protetor solar deve ser mantido todos os dias”.
* Confira às terças e quintas-feiras às 15h30 o quadro Dicas de Saúde e Beleza na Rádio 93 FM.
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