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Saiba as histórias por trás dos grandes sucessos de Pr. Lucas

Ele é autor de hits gravados por Aline Barros, Bruna Karla e Fernanda Brum

Rafael Ramos - 15/07/2019 10h02

Pr. Lucas conta como nasceram suas principais composições Foto: Divulgação

Com várias de suas composições eternizadas nas vozes de Aline Barros, Fernanda Brum, Wilian Nascimento, Pamela e muitos outros, Pr. Lucas compartilhou com o Pleno.News um pouco das histórias por trás de suas músicas mais conhecidas. Com um talento descoberto na adolescência, ele escreveu suas primeiras canções para serem tema de congressos de sua igreja local.

– De uma maneira muito natural foi surgindo esse gosto por escrever música. Eu tenho uma canção muito antiga que fiz em 2002 para uma campanha da igreja sobre Noé, mas só tinha música infantil com esse tema. Comecei a escrever e deu certo. A música Arca da Fé teve uma repercussão interna e, dez anos depois, foi gravada pelo Wilian Nascimento no álbum Levanta Tua Voz – recorda.

Pr. Lucas conta que as composições nunca escolhem um local certo para nascer. Algumas já surgiram até mesmo na hora do banho. Versátil, ele escreve worship, pentecostal, sertanejo e até música infantil. O cantor destaca que em comum elas trazem um pouco de sua própria história. Seu desejo é que elas sirvam de cura para quem as ouvir.

– Eu consegui criar uma identidade como compositor até porque não costumo negociar princípios para fazer uma canção comercial ou para fazer sucesso.

CICATRIZES (Bruna Karla)
Essa música é totalmente baseada na minha experiência com Deus. Eu tenho uma cicatriz na minha mão e lembro do dia do corte e de como doeu muito. Hoje eu mexo, olho, tenho lembranças daquele dia, mas não dói. Baseado nisso, senti que precisava escrever sobre as dores que carreguei um dia e achei que nunca ia viver livre delas. Quis fazer da minha ferida um remédio para curar. Na época, a Bruna estava vivendo um momento difícil com a gravidez do Benjamin e e se tornou um bálsamo para ela.

Pouca gente sobrevive às histórias que passa. Muitos saem ralados e machucados a ponto de não conseguir prosseguir. A gente tem hoje um índice de suicídio absurdo. São pessoas que se escondem na sua dor até a morte. Já passou pela minha cabeça de que a ideia de morrer seria uma solução e acho que todo mundo tem que escrever a sua verdade. Eu não escrevo música de autoajuda, mas revelo que, nesse processo todo, Deus fez coisas incríveis e as pessoas precisam permitir que Ele mude todas as coisas.

PINTOR DO MUNDO (Pr. Lucas)
Eu participei de uma promoção em que um ouvinte ganhou um voo de helicóptero comigo pelo Rio de Janeiro. De repente, lá de cima, eu vi o mar, a areia, as rochas cinzas, os pontinhos verdes, aquele azul do céu com nuvens brancas e veio a pergunta: Quem pintou o mundo? Imediatamente comecei a escrever rapidamente sobre um Deus que é detalhista em sua obra, pintou algo grande como o sol, se preocupou com coisas grandiosas, como o mar e as montanhas, mas também com o vermelhinho da flor. Mas achei a música muito ecológica e foi quando veio o refrão: “O maior Pintor do Mundo está pintando a minha história…”. O que faltava nessa música era o elo com a redenção e a frase “A cruz foi o pincel do Autor”, isso veio umas semanas depois.

SR. ANTÔNIMO (Aline Barros)
Sr. Antônimo foi legal porque eu queria fazer uma coisa pedagógica e me deparei com sinônimos e antônimos. Aí me veio a ideia de chamar o antônimo como um personagem que explica as diferenças. A primeira parte estava muito pedagógica e comecei a procurar antônimos que davam para conectar com histórias bíblicas. Fui construindo a música usando Davi e Golias, o mar Vermelho e a ideia virou.

DESAFIO DO ABLA BLU BLU (Aline Barros)
Numa conversa para o projeto infantil da Aline, ela lembrou da Dança do Tchutchuê e disse queria algo assim. Eu precisei achar uma dança e me veio a ideia do Abla Blu Blu e comecei a criar a dança e foi um desafio muito grande porque eu tinha que pensar na música com a coreografia.

CASA DO PAI (Aline Barros)
Lembro que eu estava ouvindo muito sobre paternidade e, numa conversa, falei a um amigo que um filho não precisa pedir que eu compre um tênis porque eu não vou esperar o tênis dele furar e ele me fazer uma lista do que precisa. Eu tenho que estar sempre à frente porque eu sou o pai e tenho dever de suprir. Comecei a escrever baseado na Oração do Pai Nosso, em Mateus 6, que reconhece quem Deus é. Escrevi sobre esse Deus que me conhece, que me dá o que eu preciso e do quanto quero ir além dessa condição de servo, do quanto quero ser filho.

TU PODES (Regis Danese)
Eu estava tentando buscar uma canção que pudesse se conectar com Faz Um Milagre Em Mim. Eu precisava de um personagem e gosto muito da história de Bartimeu. Eu fui nessa história até que cheguei a um momento onde bati nessa tecla de que o que eu não posso, Deus pode.

NAS MÃOS DO OLEIRO (Graciele Farias)
Eu ouvi a palavra do oleiro em Jeremias 18 de como Ele constrói e faz esse vaso. Esse barro tem uma dependência total e queria trabalhar o tema de restauração e construção aliado à dependência e à adoração desse vaso. Construí a ideia de que enquanto Ele me refaz, eu adoro e permito que o Senhor construa o que tem que construir. Podem ocorrer acidentes no caminho, mas, nas mãos do Oleiro, nenhum barro se perde.

DE JOELHOS (Flordelis)
Ela nasceu de uma forma muito natural enquanto pensava nessa questão de que a oração nos leva a viver coisas incríveis. Comecei a querer falar desse poder da oração e veio o refrão de que se eu quero isso só tem um jeito e é de joelhos.

DE JOELHOS AQUI (Pamela)
Meu pai teve um diagnóstico de câncer e estava em uma situação complicada. Foi um tempo difícil e tudo o que eu podia fazer era cair de joelhos aos pés do Senhor e buscar consolo mesmo. E foi assim, a partir dessa experiência, que nasceu essa canção.

ÉS REAL PRA MIM (Fernanda Brum)
Veio à minha mente o assunto do filme Deus Não Está Morto na questão de perdermos muitos jovens nas faculdades por conta da ineficiência de provar a existência de Deus. Recentemente, conversando com um jovem, ele falou que “Deus não existe porque uma coisa que existe, algum dia não existiu. Ele sempre foi”. E falei: “É isso aí! Ele é real pra mim e isso é o que importa. Ele sempre foi”. O que a ciência chama de Big Bang, eu chamo de Deus. No dia que o coração Dele explodiu, as coisas passaram a existir e o homem não tem nenhuma máquina que consiga explicar essa verdade genuína. Começou a vir o pensamento de que o ar é invisível, não sei onde foi o primeiro sopro, mas sei que Ele é real. O som é uma coisa invisível, mas eu ouço e afeta minha vida de alguma maneira.

O CÉU ESTÁ PERTO (Paola Carla)
Eu tinha guardado essa canção depois de palavras que ouvi sobre esse acesso tão perto que o céu se tornou para nós depois da cruz. Não existe mais uma distância, a eternidade começou quando eu aceitei a Jesus porque eu morri pro mundo. Todo salvo em Jesus já é um imortal porque a eternidade começa quando alguém se converte. Você passou da morte para a vida.

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