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Felipe Cunha fala da novela Jesus e do papel em Topíssima

Em janeiro, ator se despede de Jairo e vai morar no morro do Vidigal para criação do novo personagem

Rafael Ramos - 28/12/2018 13h59 | atualizado em 02/01/2019 10h28

No ar na novela Jesus dando vida ao sacerdote Jairo, o ator Felipe Cunha será o protagonista de Topíssima. Na nova trama da Record TV, que estreia em maio de 2019, ele será o trabalhador Antônio, morador do morro do Vidigal, no Rio de Janeiro. Com personagens bem distintos nas duas novelas, o ator conversou com o Pleno.News sobre a experiência no folhetim bíblico e adiantou detalhes da preparação para o novo trabalho.

Como foi dar vida a Adriano Montana, o pai do anticristo, em Apocalipse?
Foi um presente, um personagem divertidíssimo que dividi com o Eduardo Lago na segunda fase de Apocalipse. Foi minha primeira experiência concebendo um personagem desde o início e o estudo é mais profundo. Tive uma sorte muito grande de ter contracenado com a Manuela do Monte, que fez a Débora. Fui também muito feliz por termos gravado na Fontana di Trevi, em Roma, às quatro da manhã. É um lugar onde Federico Fellini e outros grandes nomes do cinema mundial gravaram. Foram cenas muito carregadas, tinha sempre um vulto próximo. A gente se pega com Deus e vai com fé para que nada de ruim aconteça.

E como está sendo interpretar Jairo na novela Jesus?
É muito difícil porque, em toda a história de Jesus, a gente tem muitos elementos sobre Ele e os apóstolos. É a primeira vez que um projeto tem um enredo onde todos esses outros personagens são destrinchados. A novela conta a história de muitos que estão na Bíblia, mas não sem muitas referências. A autora se apegou a contextos bíblicos e históricos, mas teve uma licença poética para criar outras coisas. Inclusive, o envolvimento do Jairo com a Laila (Manuela do Monte) é uma licença da autora. Tem uma coisa fantástica no Dudu Azevedo trazer um Jesus muito humano. Então, me guiei no Dudu para trazer essa coisa mais humana.

Fale um pouco da cena da ressurreição da filha de Jairo.
A sequência dela morta até o momento que Jesus a ressuscitou foi gravada em um dia, de meio-dia às sete da noite. Estávamos mergulhados nessa cena e de fato senti como se aquilo fosse verídico para mim. Era tão forte a imagem de uma criança deitada ali e, em determinado momento, eu senti no Dudu a possibilidade de conversar com Deus e ter os meus perdões. Eu faço minhas orações todos os dias, mas ali, sob circunstâncias imaginárias, vi a possibilidade de falar com Jesus.

Através da licença poética, a trama coloca Jairo no mesmo cenário da mulher adúltera. Como foi esse reencontro com a Manuela do Monte?
É uma passagem muito forte para a Manuela. Nós já gravamos inclusive a cena em que é consumado o adultério. São duas passagens bíblicas lindas. O Rafael Sardão, que faz o marido, olha muito pouco para a esposa e o Jairo é o melhor amigo dele. Então, existe uma amizade que torna tudo muito mais complexo.

E como está equilibrando suas últimas emoções em Jesus com a escalação para a novela Topíssima?
Estou terminando de gravar Jesus e estudando Topíssima. Antônio mora no morro do Vidigal, é um taxista e trabalha no restaurante da família para ajudar a mãe. Ele é um cara feliz, mas tem uma vida bem difícil. O pai já não é mais vivo e ele é o homem da família e representante da comunidade. O barato é poder realizar trabalhos completamente diferentes e descobrir quem são esses personagens. Que corpo e voz que esse Antônio têm que é diferente tanto do Jairo quanto do Adriano. O processo para conceber o personagem e o movimento para que ele deixe de existir é muito difícil. Já estou me desfazendo do Jairo para entender quem é o Antônio.

E como está sendo esse processo para o seu primeiro protagonista?
A partir de janeiro eu passo a morar no Vidigal. Eu sou mineiro e tem toda uma musicalidade diferente e todo um trabalho com fonoaudióloga e uma estrutura para dar um suporte. Viver ali um tempo vai trazer bons frutos. Foi uma ideia minha de imersão para não pegar os estereótipos. Eu sou muito observador e o trabalho do ator parte disso. Estar lá 24h por dia vai me ajudar a entender como é o ritmo de um morro e como as pessoas se relacionam. É um desafio novo. Ainda estou digerindo tudo, mas meu primeiro protagonista é um belo presente de fim de ano.

E como a sua relação com a fé mudou depois de participar de um projeto como Jesus?
Eu tive um primeiro contato com textos bíblicos na minissérie Milagres de Jesus (Felipe participou do episódio sobre a mulher samaritana) e depois em Os Dez Mandamentos (vivendo o guerreiro Tarik). Eu tinha uma cena com Moisés (Marcos Winter), em Os Dez Mandamentos, da chegada de uma tribo e, lendo o texto, inevitavelmente você é tocado pelo personagem. Eu saio de Jesus com muito mais força por presenciar todos esses milagres que aconteceram e que a gente vai esquecendo ao longo da vida. A gente vai esquecendo o quanto a fé é forte e o que ela pode promover. Eu saio muito fortalecido dessa novela. Quando fiz o teste para Topíssima, eu estava muito embrenhado dessa fé porque as coisas são possíveis sim, só basta você acreditar.

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