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Ex-integrante do MBL avalia: “O orgulho precede a queda”

Conselheiro nacional da juventude, Carmelo Neto conversou com o Pleno.News sobre política e a defesa dos valores conservadores

Paulo Moura - 31/07/2020 09h59 | atualizado em 31/07/2020 10h10

Conservador nos costumes e liberal na economia, esse é o perfil do jovem Carmelo Neto, de 18 anos, que apesar da tenra idade já enfrentou, e venceu, o ex-governador Ciro Gomes na Justiça. Com forte ativismo político na terra onde nasceu, Fortaleza, capital do Ceará, ele se prepara para um novo desafio, entrar para a política como vereador de sua cidade natal. Coragem e maturidade ele confirma que não lhe faltam.

Ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), ele destaca que o grupo “sempre foi um braço do establishment”. Ao deixar o movimento, os motivos ficaram bem claros, o conservadorismo de Carmelo e a defesa do presidente Jair Bolsonaro. Ainda calouro no curso de Direito, ele não teme as novas etapas da vida, e aproveita bem as redes sociais para denunciar diversas situações de injustiça.

Em entrevista ao Pleno.News, Carmelo falou sobre seu início no mundo político, a atuação como conselheiro nacional da juventude, o apoio ao governo, a saída do MBL, o crescimento do presidente Jair Bolsonaro no Nordeste e seu novo desafio como pré-candidato a vereador pela cidade de Fortaleza. Acompanhe.

Ainda muito jovem você já decidiu enveredar para o mundo político. Por que você fez essa opção, o que o motivou?
Eu comecei a me interessar pelo ativismo político em 2014, com 13 anos. Na época a gente ligava a TV e só via fome, desemprego e corrupção. Uma verdadeira desgraça! Ali eu tinha duas opções, assistir calado ou sair do sofá e fazer alguma coisa. Foi aí que decidi colocar a cara a tapa e participar das manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma, onde tudo começou!

Atualmente você é conselheiro nacional da juventude. De posse da função, o que você acredita que o poder público possa fazer para melhorar a qualidade de vida dos jovens do nosso país, especialmente para que eles não entrem para o crime?
Hoje o maior problema para o jovem é o desemprego. O papel do poder público é conscientizar e dar as alternativas. A MP do Contrato Verde e Amarelo, por exemplo, era uma medida importante para a geração de emprego entre os jovens. Pena que acabou não sendo votada pelo Congresso.

Hoje o maior problema para o jovem é o desemprego

Você participa, com frequência, de atos a favor do governo. Inclusive, recentemente, você até apareceu em fotos que rodaram o país, ajoelhado, em oração pela nação. O que o motivou a apoiar a atual administração? Qual você acredita que é o diferencial dela?
Quatro palavras. Honestidade, patriotismo, liberdade e tradição. O presidente Bolsonaro é um homem íntegro, honesto e preparado, ama o Brasil, teme a Deus, respeita as liberdades do nosso povo e defende o conservadorismo como poucos tiveram a coragem de defender.

O presidente Bolsonaro é um homem íntegro, honesto e preparado
Carmelo Neto durante ato em defesa do governo Foto: Divulgação

Em setembro do ano passado você deixou o MBL, movimento que ganhou bastante repercussão no país. Em alguns veículos foi noticiado que a justificativa apontada por você para a saída foi uma discordância com o movimento. Por que você optou por sair do grupo?
Eu me enganei por muito tempo. Hoje vejo que o MBL sempre foi um braço do establishment. Pra você ter ideia, eu fui o primeiro membro do movimento a declarar voto em Jair Bolsonaro. Pensei que fosse ser expulso. Mas o movimento, logo em seguida, passou a apoia-lo também. No início do governo as divergências aumentaram, eu apoiando o presidente, e eles se comportando como o PSOL. Foi aí que decidi sair. Não dava pra mim. Sou conservador!

O MBL sempre foi um braço do establishment

Ainda falando de MBL, vemos hoje que o movimento caiu em descrédito com grande parte da população e sofre com diversas críticas. Por que você acredita que isso aconteceu?
É simples… O orgulho precede a queda. Provérbios 16:18. O fim de quem é arrogante, orgulhoso, vaidoso e prepotente é sempre o mesmo. Não me surpreendo.

Uma pesquisa recente da Veja/Paraná Pesquisas apontou que o presidente Jair Bolsonaro cresceu quase 10% na aprovação entre os cidadãos da Região Nordeste, ao que você atribui essa ascensão?
O Nordeste é conservador. Culturalmente somos conservadores! Quando as pessoas perceberem isso, a esquerda não terá mais vez. O presidente Bolsonaro entregou a transposição do São Francisco e vai entregar a transnordestina. Ainda vai ter o programa Renda Brasil, que além de dar o peixe, vai ensinar as pessoas a pescarem, o mais importante.

Carmelo Neto junto com o presidente Jair Bolsonaro Foto: Divulgação

Recentemente você anunciou que é pré-candidato a vereador na cidade de Fortaleza. Você acredita que já tenha maturidade suficiente para encarar as forças políticas que atuam na cidade?
Estou na trincheira há 5 anos. Já enfrentei muita coisa. Ganhei do Ciro Gomes na Justiça quando tinha 16 anos, denunciei diversos descasos do governo petista do Ceará, participei de todas as manifestações desde o impeachment, estudei muito, me preparei, tenho princípios e valores. Me sinto pronto para a enfrentar os desafios da vida política.

Me sinto pronto para a enfrentar os desafios da vida política

Em muitos dos seus tweets há mensagens de críticas ao STF. Você teme virar alvo dos inquéritos da Suprema Corte que resultaram, em prisões como de Sara Winter e Oswaldo Eustáquio?
Nós precisamos resgatar o STF. Jamais fechar, e sim restaurar. Hoje quem mais denigre a Suprema Corte são os próprios ministros. Isso é inadmissível. Sobre a investigação não tenho como prever, afinal tudo que vem acontecendo é a revelia da lei. É imprevisível. Mas Deus está no comando da minha vida, não tenho o que temer.

Ainda jovem, Carmelo Neto já participa do meio político Foto: Divulgação

E sobre as decisões da Suprema Corte que impediram, por exemplo, as investigações contra o senador José Serra? Acredita que isso pode representar uma atuação tendenciosa de alguns ministros?
Com certeza. Muitos ali deveriam se declarar suspeitos para julgar. No mínimo.

Para finalizar, o que você acha da atuação da direita jovem na política do país atualmente? É um grupo coeso? Preciso de mais representatividade?
É um trabalho duro, estamos remando contra a maré da doutrinação ideológica, das más influências e do aparelhamento esquerdista dos movimentos estudantis. Mas os movimentos de direita estão crescendo por todo o país e eu tenho muita esperança de que a minha geração não será perdida para a esquerda. Vamos fazer a nossa parte.

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